Os trabalhadores terceirizados da empresa Safe que prestam serviço aos grandes hospitais estaduais da capital iniciaram sua paralisação na manhã desta segunda-feira
Fernanda Soares
13/08/2012, 10h
Os trabalhadores terceirizados da empresa Safe que prestam serviço aos grandes hospitais estaduais da capital iniciaram sua paralisação na manhã desta segunda-feira. Eles se reuniram em frente ao Walfredo Gurgel, hospital que congrega o maior número de funcionários na cidade.
Apesar da promessa da Sesap de repassar o dinheiro referente ao pagamento do mês de julho na sexta-feira passada, a empresa Safe alega que o depósito ainda não foi efetuado. Os trabalhadores afirmam que só retornam ao trabalho com o dinheiro depositado em suas contas.
Os relatos dos trabalhadores eram chocantes. Casos de pessoas com ameaça de despejo, de corte de água e luz, entre outros problemas. Isso porque, como o atraso no pagamento é constante e muitos estão com até dois anos de férias atrasadas, os juros sobre antigas dívidas vêm se acumulando.
Entenda
O atraso dos salários vem acontecendo há vários meses e a empresa alega que o problema é uma dívida que o governo deixou em 2010 que impede a empresa de honrar seus compromissos. Os trabalhadores também estão há dois anos sem receber as férias.
Os problemas já foram discutidos na Procuradoria Regional do Trabalho e ainda não foram resolvidos. A única alternativa para os trabalhadores é a paralisação.
Os trabalhadores da Safe são responsáveis pela limpeza dos maiores hospitais da capital, além de também atuarem nos setores de nutrição e como maqueiros. A paralisação desses profissionais trará muitos riscos.