Fernanda Soares
Fernanda Soares

23/09/2025, 11h


Os trabalhadores da saúde da Maternidade Monsenhor Antônio Barros, em São José de Mipibu anunciaram que poderão entrar em greve a partir desta quarta-feira (24), caso o problema da falta de refeições não seja resolvido. Na manhã desta terça-feira (23), servidores e funcionários terceirizados da unidade realizaram uma mobilização para denunciar o descaso diante da suspensão da alimentação hospitalar, provocada pela greve dos trabalhadores da empresa JMT.

Na unidade de São José, a falta de refeições já dura 12 dias. Outros hospitais, como o Walfredo Gurgel, Santa Catarina e Giselda Trigueiro, também enfrentaram a mesma situação. Após os protestos desta segunda-feira (22), a empresa informou que deve realizar o pagamento dos funcionários ainda esta semana.

Infelizmente, este problema se repete quase todos os meses, sem que o Governo do Estado ou a Sesap apresentem uma solução definitiva. Para nós do Sindsaúde/RN, a situação reflete os efeitos da terceirização no Estado, que resulta em precarização dos serviços e impacta tanto os profissionais, que cumprem plantões sem alimentação adequada, quanto os acompanhantes de pacientes, que acabam submetidos à fome em meio a momentos de dor.

De acordo com os trabalhadores da Maternidade, caso a situação não seja resolvida, todos os funcionários, terceirizados e efetivos, irão paralisar suas atividades a partir desta quarta-feira (24).

“Infelizmente os servidores estão sem refeição há 12 dias. Essa situação está insustentável. Pedimos à governadora Fátima e aos coordenadores da JMT que se sensibilizem e cumpram seus contratos, paguem as pessoas. Tem muita gente que não tem dinheiro sequer para vir trabalhar, que está com o aluguel vencido. Ficar sem receber salário é inadmissível”, afirmou Edite de Oliveira Sousa, diretora do Sindsaúde/RN.