O Sindsaúde/RN vem manifestar a mais ampla solidariedade à greve dos operários e operárias da construção civil de Belém, Ananindeua e Marituba, que entram nesta segunda-feira (22) para o sétimo dia do movimento grevista e já demonstra uma grande resistência e luta por melhores condições de trabalho.
Na última sexta-feira (19), a categoria aprovou em assembleia a continuidade da greve, reafirmando a disposição em enfrentar a patronal e conquistar suas reivindicações. A greve, que atinge obras estratégicas para a COP30 – como a Vila COP, o Parque da Cidade e o complexo hoteleiro, tem mostrado a força da mobilização dos trabalhadores, arrancando importantes conquistas de empresas como Vila Galé, GPE Prime, Normatel e terceirizadas, que já firmaram acordos garantindo reajuste salarial de 9,5%, aumento da cesta básica, PLR de R$ 378, aviso prévio indenizado, entre outros direitos. Agora, de acordo com o movimento, o objetivo é continuar mantendo forte a mobilização para estender o acordo para toda a categoria.
Essas vitórias parciais demonstram que a unidade e a determinação da categoria são capazes de vencer as barreiras impostas pelos patrões. Se algumas empresas já reconheceram algumas reivindicações, não há motivo para que todas as demais não sigam o mesmo caminho. Repudiamos a postura intransigente do sindicato patronal, que insiste em apresentar propostas irrisórias diante da realidade das obras bilionárias destinadas à COP30. Da mesma forma, denunciamos a anuência dos governos federal, estadual e municipal, que, ao permitirem tal exploração, reforçam a lógica da superexploração da classe trabalhadora.
O Sindsaúde/RN se soma a esta luta, reafirmando que nenhum evento internacional justifica o desrespeito e a precarização dos trabalhadores que, com suas mãos, constroem a infraestrutura para que ele aconteça. Todo apoio à greve da construção civil do Pará! Pelo atendimento imediato das reivindicações da categoria!