Thalia Varela
Thalia Varela

07/08/2025, 15h


Nesta última quarta-feira (06), a direção do Sindsaúde/RN representada pelo diretor Paulo Martins, realizou uma visita na Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, e constatou que a Central de Material da unidade está em uma situação delicada, faltando testes biológicos, integradores químicos e com as autoclaves paradas. 

De acordo com os relatos colhidos pelo sindicato durante a visita, os equipamentos usados para esterilização de materiais e instrumentos hospitalares, também conhecidos como autoclaves, estão sem funcionar por falta de manutenção. O motivo, é uma dívida que a Prefeitura de Parnamirim tem com a empresa que presta esse serviço, mas que suspendeu por falta de pagamento. A falta de reparo nas máquinas culminou em um acidente na última segunda-feira, 4 de agosto, quando o filtro de osmose de uma das autoclaves da Maternidade explodiu durante o plantão noturno, causando medo e insegurança para os trabalhadores do local. Por sorte, a ocorrência não deixou nenhum profissional ferido.  

Segundo informações repassadas por trabalhadores da Divino Amor, até o início da tarde desta quinta-feira (07), as autoclaves da maternidade continuam paradas e sem previsão de retorno. No momento, a esterilização dos materiais hospitalares estão sendo realizados fora da unidade, correndo sérios riscos de contaminação. “Esses materiais seguem sendo transportados em carros de forma inadequada, com temperaturas impróprias, não oferecendo segurança ao material que é usado nesse processo de esterilização. E é bom lembrar que a maternidade está com uma incidência grande de infecção hospitalar, de acordo com informações da própria Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da unidade”, denuncia um trabalhador do local em anônimo.

Outro servidor da maternidade, que prefere não se identificar, ainda complementa: “mesmo nessa situação, a gestão da maternidade continua marcando cirurgias eletivas, enquanto seguimos peregrinando com esses materiais de serviço em serviço, com itens que podem causar uma série de prejuízos à saúde dos usuários. Um desrespeito a população e ao sistema de saúde”, finaliza o profissional.

Além de denunciar a situação, o Sindsaúde/RN vai apresentar essa ocorrência na próxima Mesa SUS de Parnamirim, marcada para o dia 28/08. É inaceitável que a gestão da prefeita Nilda compactue com essa gravidade, que coloca a vida de mulheres, gestantes, mães, crianças e profissionais em risco. Nilda, a saúde merece respeito!