O Sindsaúde/RN denuncia mais uma vez, nesta quinta-feira (16), que os servidores (as) da rede estadual de saúde estão sem acesso à alimentação durante os plantões, em razão da nova greve dos trabalhadores terceirizados da JMT, responsável pela confecção e distribuição das refeições nos hospitais. Até o momento, o problema já afeta o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Hospital Giselda Trigueiro e o Hospital Monsenhor Antônio Barros, enquanto o Hospital Santa Catarina também ameaça entrar na lista em breve.
A situação, que se repete com frequência, revela o descaso da gestão estadual com as condições básicas de trabalho dos profissionais que mantêm o SUS em funcionamento. Em reunião recente da Mesa SUS, que contou com a presença do secretário de Administração, o governo chegou a afirmar que ressarciria as despesas dos servidores em caso de paralisação dos terceirizados. No entanto, até o momento, não há nenhum documento oficial que garanta esse direito, nem definição de valores ou prazos.
Diante disso, e conforme decisão aprovada em assembleia da categoria e comunicada à gestão, o Sindsaúde/RN reforça que, sem alimentação garantida, os servidores (as) da saúde também cumprirão escalas de greve. A medida visa assegurar condições mínimas de trabalho e respeito aos direitos dos trabalhadores (as) da saúde.
Com a continuidade da greve dos terceirizados e a ausência de soluções concretas por parte do Governo do Estado, o sindicato alerta que poderá haver redução do número de servidores (as) nesses hospitais, o que pode impactar diretamente o atendimento à população. Não é um desejo do Sindsaúde/RN e da categoria prejudicar o atendimento a população, mas essa é uma forma contundente que foi acordada para cobrar providências imediatas para restabelecer o fornecimento de alimentação e a garantia da dignidade aos profissionais que estão na linha de frente do serviço público de saúde.
Sem alimentação, sem plantão. Com fome não dá, governadora!