Fernanda Soares
Fernanda Soares

15/12/2014, 16h


 

Diante da falta de pessoal, a Sesap e a direção do Deoclécio tem se negado a preencher as lacunas na escala com plantões eventuais. A política tem sido adotada desde setembro, justificada pela falta de repasses para a saúde. “Em setembro, alertamos que o corte geral de eventuais iria provocar essa situação. Reivindicamos que onde houvesse necessidade, déficit, plantões fossem mantidos, até novas convocações. Isso não foi feito e estão colocando os servidores daqui em uma situação insustentável. Ainda por cima, estão sendo intransigentes e ameaçando servidores”, afirma Egídio Jr, vice-coordenador do Sindsaúde-RN.

Em abril, o Deoclécio possuía um déficit de 108 técnicos de enfermagem, 34 enfermeiros, 8 farmacêuticos e 15 técnicos de análises clínicas, sem contar o percentual de 20% que deveria dispor o hospital, para o caso de faltas, adoecimentos e férias. Em agosto, por decisão judicial, a Sesap foi obrigada a convocar 165 servidores, incluindo médicos. No entanto, os servidores denunciam que o déficit permanece, pois nem todas as vagas teriam sido preenchidas e muitos dos que se apresentaram já pediram baixa do Estado.

O Sindsaúde vai solicitar uma reunião com a Sesap e a direção do Deoclécio, para discutir o problema. “Queremos saber o déficit atual no Deoclécio, quantos de fato estão faltando, e uma resposta para a situação dos servidores. Eles não podem continuar agindo como superheróis, atendendo 20 pacientes ao mesmo tempo, o que é impossível”, afirma Paulo Martins, diretor do Sindsaúde-RN.