Fernanda Soares
Fernanda Soares

03/05/2012, 14h


A frase do secretário de saúde pública do Rio Grande do Norte, dita ao Jornal Nacional desta terça-feira, 1º de maio, pode até ter chocado a população do país, mas não os servidores da saúde do estado. Isso porque a greve que foi desencadeada há um mês tendo como foco não só a reposição salarial, mas também a melhoria das condições de trabalho exibidas na matéria, têm recebido o mesmo tratamento. A atitude do secretário foi motivo para sua exoneração anunciada no Jornal Nacional da noite de ontem. Duas audiências até então. Uma no primeiro dia de greve que propôs o pagamento de plantões indenizatórios atrasados em seis meses. A outra, que melhorou um pouco a proposta anterior, encurtando pagamento para três meses, e convocou 131 concursados, mas que não avançou nos outros pontos da pauta. O descuido do estado não só com a saúde é assustador. A montanha de lixo que cresceu por uma semana ao lado do Walfredo Gurgel, e por sorte foi registrada pelo Ministério Público e pela imprensa graças a pedido de inspeção feito pelo Sindsaúde, é um retrato do desleixo com a população. Aos poucos temos ganhado o apoio da opinião pública para nossa luta, mas ainda é preciso avançar. Fortalecer a greve no interior, nas unidades com procedimentos ambulatoriais. Somente com o fortalecimento do movimento, vamos avançar. O Walfredo Gurgel está sem diretor há um mês. Vamos ver quem aceita descascar esse abacaxi.