Saúde estadual faz para de advertência nesta terça-feira
Os servidores da saúde estadual decidiram paralisar suas atividades nesta terça-feira (11/10) para pressionar o governo a negociar
Fernanda Soares
30/11/2011, 19h
Os servidores da saúde estadual decidiram paralisar suas atividades nesta terça-feira (11/10) para pressionar o governo a negociar. Pela manhã, a partir das 9h, eles se reúnem na Praça 7 de setembro e em seguida ocupam as galerias da Assembleia Legislativa. À tarde, às 15h, os servidores se reúnem no Walfredo Gurgel para um Ato Público.
A ida à Assembleia Legislativa é no intuito de conversar com os deputados e garantir emendas para que seja destinado recursos no orçamento de 2012 para o reajuste da saúde. Já intenção do Ato Público é denunciar as péssimas condições de trabalho que os servidores vem enfrentando.
Em maio de 2011 os servidores entregaram a pauta de reivindicações deste ano, mas até agora nada começou a ser negociado pois ainda se negociam dívidas anteriores. Entre elas a mudança de nível (que corresponde a 3% de reajuste no salário base dos servidores aprovados na mudança de nível) e os plantões indenizatórios cumpridos entre agosto de 2010 e abril de 2011 que ainda não foram pagos.
Na pauta de reivindicações deste ano estão um reajuste de 7,01% equivalente a inflação até abril, reajustes na GAE e na Jornada Especial, reedição da tabela de incentivo à qualificação e convocação de concursados.
Mudança de nível e plantões
A mudança de nível é uma progressão horizontal de carreira ocorrida a cada dois anos depois que o servidor passa por uma avaliação de desempenho. Tal mudança foi criada na implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) em 2006. A primeira mudança só ocorreu em 2010, depois de muita luta da categoria. A publicação dos aprovados em Diário Oficial ocorreu em fevereiro mas até agora não foi efetuada a implantação.
Os plantões indenizatórios são plantões cumpridos fora da carga horária do servidor acima de um limite de quatro que podem constar em contra-cheques. Tal prática ainda continua na saúde estadual devido ao déficit de mão de obra nos hospitais. Entre agosto de 2010 e abril de 2011 os profissionais trabalharam não receberam por isso gerando uma dívida para o estado de quase R$ 4 milhões.