Francisca Pires
Francisca Pires

28/05/2025, 12h


Nesta quarta-feira (28), os trabalhadores e trabalhadoras da saúde de Natal mostraram mais uma vez a força da organização coletiva. A paralisação de 48 horas da categoria teve início com um ato público em frente à Prefeitura e, apesar da Mesa SUS, que deveria ocorrer à tarde, ter sido adiada sem justificativa plausível e sem nova data, a pressão exercida durante o dia culminou numa audiência com o secretário adjunto da Casa Civil, Costa Neto.

Durante o encontro, o secretário reconheceu o atraso na abertura de diálogo com a categoria e se comprometeu a articular, já na próxima semana, uma reunião com a gestão municipal. Fruto dessa reunião, a promessa é que, até a segunda semana de junho, sejam apresentadas respostas concretas às reivindicações dos servidores e servidoras da saúde. Ainda que tardio, esse compromisso, que só aconteceu graças a luta e à mobilização da base, representa uma importante abertura de negociação 

O ato público denunciou à população as perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos 11 anos, que já ultrapassam os 78%. Por isso, entre os principais pontos da pauta estão: o cumprimento da data-base (março de 2025), o reajuste dos vencimentos e melhorias nas condições de trabalho. A luta também é respaldada por um estudo técnico apresentado recentemente pelo ILAESE, que propõe um reajuste salarial com base nas perdas acumuladas entre março de 2014 e março de 2025, atualizadas pelo INPC (9,47%).

Diante do cenário e das novas movimentações, a assembleia desta quinta-feira (29), às 9h, no auditório do Sindicato dos Bancários, será ainda mais estratégica. Participe, servidor(a)! Vamos juntos avaliar os compromissos assumidos e decidir os rumos da luta. A pressão funciona, mas só com unidade e mobilização vamos garantir vitórias concretas!