O ato contou com depoimentos de várias mães indignadas com a situação. Mauritânia da Silva, 37, mãe de uma criança de cinco anos com deficiência motora e que respira com dificuldades, conta a importância da pediatria do Deoclécio na vida da filha. "Desde os 3 meses de idade dela, eu vivo aqui com ela. Semana passada, eu vim aqui e não tinha pediatra que a atendesse e foi atendida por um médico comum. Se ela não tivesse tido o atendimento, hoje estaria morta", conta.
Ela disse que quando soube que a pediatria seria fechada, ela precisava fazer alguma coisa. "Eu não sei como vai ser minha vida. Não tenho carro, não tenho nada. Para onde vou levar minha filha? Minha filha precisa de atendimento. A vida dela depende do atendimento que é feito aqui", desabafa.
Algumas mães também deixaram recados para a governadora. "Como a senhora [governadora] quer melhorar a saúde desse jeito? como a senhora acha q a população de Parnamirim vai reagir? Olhe como mãe. A senhora como pediatra devia ver isso. A gente já tem tão pouco e a senhora ainda quer tirar o que não temos?", questiona América Cristina, 35, mãe de duas crianças que sofrem de edema de glote e necessitam do atendimento da unidade.