Fernanda Soares
Fernanda Soares

05/01/2016, 14h


Que os ricos paguem pela crise

Com as reformas, o governo Dilma aprofunda a política de ajuste fiscal, que se expressaram em 2015 através de corte de verbas do Orçamento, aumento de juros e retirada de direitos trabalhistas. Barbosa foi além ao reconhecer que os ataques em 2016 se aprofundarão: “Infelizmente, o tamanho do corte não foi suficiente para atingirmos a meta inicial de primário deste ano [pagamento da dúvida pública], mas vamos continuar a adotar medidas. E há muitas propostas já enviadas ao Congresso que esperamos aprovar na primeira metade do próximo ano.”

 “A troca do Levy pelo Barbosa foi de seis por meia dúzia. Barbosa assume e tenta agradar ao mercado, a quem procura mostrar serviço. Assinou uma verdadeira “carta de intenções” numa teleconferência com investidores, organizada pelo (banco) J.P. Morgan. Afirmou que vai seguir com o ajuste fiscal e realizar uma reforma tributária. Vai também dar continuidade ao programa de privatizações de Dilma”, denuncia o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Sebastião Carlos Pereira, o Cacau.

Diante de um cenário que sinaliza mais retirada de direitos a CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação começam desde já a preparar as ações para que os trabalhadores resistam e combatam esses ajustes. Uma plenária sindical e popular nacional será realizada no dia 22 de janeiro, em São Paulo. A plenária irá discutir um plano de lutas contra esses ataques e tomar iniciativas que avancem no sentido da construção de um pólo classista, dos trabalhadores, contra o governo e a oposição de direita. “Precisamos disputar os rumos políticos e apontar uma alternativa dos trabalhadores”, complementa Cacau.

Com informações da CSP-Conlutas