Nesta terça-feira (17), os servidores e servidoras da saúde de Natal rejeitaram, em assembleia, a proposta apresentada pela gestão de Paulinho Freire (União Brasil) e reafirmaram o início da greve por tempo indeterminado. A decisão vem após anos de descaso com os direitos da categoria que enfrenta 11 anos de perdas salariais históricas e condições precárias de trabalho.
A gestão ofereceu, através de uma proposta apresentada em reunião na última segunda-feira (16), um reajuste de 5,47%, referente apenas à inflação do último período sem contemplar as perdas acumuladas ao longo dos anos. Além disso, propôs um prazo de até 60 dias para regularizar a mesa de negociação, o que foi considerado inaceitável pelos trabalhadores. A categoria exige uma mesa de negociação imediata, com garantias reais de avanços e valorização.
A mobilização desta terça, fruto da luta unificada do Sindsaúde/RN, Sindern, Soern e Sinfarn, contou com uma caminhada até a Prefeitura, onde os servidores (as) apresentaram suas reivindicações e dialogaram com a população sobre os motivos da greve. A imprensa local também compareceu à assembleia e ato, garantindo ampla divulgação da pauta da saúde e reforçando a visibilidade do movimento.
Mesmo diante da possibilidade de judicialização da greve por parte da prefeitura, a categoria se mantém firme. Não recuaremos. A luta é pela dignidade, respeito e valorização de quem sustenta o SUS no município de Natal. Nesse sentido, nesta quarta-feira (18) às 9h, a atividade de greve será de formação política no auditório do Sindsaúde/RN. Agora o grito é um só: “Greve sim, o prefeito quis assim!”.