Fernanda Soares
Fernanda Soares

14/06/2024, 10h


Infelizmente, o desabastecimento nas unidades de saúde do estado é uma realidade que constantemente denunciamos nos canais de comunicação do Sindsaúde/RN. O absurdo mais recente é uma nota, emitida pela direção do Hospital Central Pedro Germano (Hospital da Polícia), informando que apenas 2 garrafões de água mineral serão disponibilizados na unidade por semana. Segundo os relatos dos trabalhadores (as), apenas um único setor do hospital consome um garrafão por dia ou até mais. 

 

Em uma mensagem, o apelo descabido: “Pedimos paciência e que tragam garrafas e água de casa para consumo pessoal”. Os trabalhadores (as) chegaram a solicitar ajuda do sindicato para não passar os plantões com sede. O raciocinamento no hospital não é só de água mas também de todo tipo de material. Desde o dia 07 de maio, os trabalhadores (as) não recebem papel higiênico, copo plástico, papel toalha e apenas uma resma de papel ofício é oferecida para fazer todas as prescrições e cópias. Faltam ainda: jelco, seringa, agulha, aparelho de HGT, luva de procedimento. Existe uma informação, extraoficial, de que há um gargalo na licitação seja porque venceu, ou porque a empresa não cumpriu o contrato. 

 

Diante do caso, o Sindsaúde/RN protocolou um ofício na Secretaria Estadual de Saúde exigindo o fornecimento dos materiais e a resolução da problemática imediatamente. Além disso, em situações extremas como essa, a orientação do sindicato é de que os (as) trabalhadores (as) que estejam enfrentando a falta de insumos básicos, como água mineral, devem paralisar suas atividades, registrar o problema no livro de ocorrência e, principalmente, não comprar água por conta própria até que a SESAP restabeleça o fornecimento

 

Em um calor tão forte como o de Natal, não existe a menor possibilidade de trabalhar sem acesso a um item tão primordial e não é justo que os trabalhadores precisem usar seus salários defasados para comprar água do próprio bolso. Basta desse desrespeito!