Francisca Pires
Francisca Pires

28/07/2025, 12h


Nesta segunda-feira (28), o Sindsaúde/RN esteve no Hospital Municipal Márcio Marinho, em Parnamirim, para apurar denúncias sobre o déficit de profissionais nas unidades de saúde do município. A situação é crítica e se repete em pelo menos três serviços: Hospital Márcio Marinho, Maternidade Divino Amor e UPA Esperança.

No Hospital Márcio Marinho, o laboratório conta com sete bioquímicos, mas dois estão de licença. Dos cinco restantes, todos têm férias programadas até dezembro, o que reduz o número efetivo para apenas quatro profissionais. Além disso, há apenas quatro técnicos de laboratório trabalhando. No último final de semana, a falta de pessoal impediu o atendimento laboratorial na unidade.

Na Maternidade Divino Amor, o cenário é semelhante. Sempre que um técnico (a) ou bioquímico (a) precisa se afastar por férias ou atestado, o plantão fica descoberto, como ocorreu na última sexta-feira (25), quando não havia profissional disponível no laboratório.

Já na UPA Esperança, atualmente atuam 11 técnicos (as) de laboratório. Porém, com afastamentos por férias e atestados, há dias em que apenas um profissional cobre todo o plantão e já houve ocasiões em que não havia nenhum técnico disponível. A escala mínima exige dois profissionais por turno, mas a demanda alta da unidade requer uma equipe ampliada. 

Segundo os próprios trabalhadores (as), seriam necessários pelo menos 15 a 16 técnicos (as) para garantir uma escala completa, com três profissionais de dia e três à noite. O número de bioquímicos (as) também é insuficiente: o ideal seria dois por turno, mas frequentemente há apenas um, devido aos constantes remanejamentos para cobrir ausências.

A escassez de pessoal tem sobrecarregado os trabalhadores (as), comprometido a assistência à população e impedido até mesmo o direito ao afastamento por motivo de saúde. Diante desse cenário, o Sindsaúde/RN exige que a Prefeitura de Parnamirim convoque, com urgência, profissionais do cadastro de reserva para suprir a grave carência de recursos humanos nas três unidades.

Confira mais detalhes no vídeo: