A população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta mais um grave problema de saúde pública. Desde o início de agosto, pacientes estão sem acesso a exames de tomografia computadorizada com contraste (angiostomografias) devido à falta de bombas injetoras, equipamentos indispensáveis para a realização de procedimentos como angiografias de tórax, abdômen e crânio.
No maior hospital do estado, o Walfredo Gurgel, a única bomba injetora disponível era utilizada por meio de contrato de comodato. Com o fim do contrato e sem que houvesse renovação ou nova licitação, a empresa responsável retirou o equipamento, paralisando os exames.
Para tentar amenizar a situação, os pacientes foram transferidos para o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim. No entanto, o aumento da demanda sobrecarregou o serviço e levou à quebra do único equipamento da unidade, ampliando ainda mais a crise. Na tentativa de contornar o problema, a SESAP encaminhou os pacientes do Walfredo Gurgel e Deoclécio Marques para o Hospital Giselda Trigueiro, referência em doenças infectocontagiosas. A medida, porém, expõe pacientes a riscos de novas contaminações, sobrecarrega os servidores e compromete o atendimento devido à falta de insumos.
Sem qualquer previsão de solução, a falta de bombas injetoras se arrasta desde o início de agosto, deixando centenas de pacientes sem acesso a exames essenciais para a definição das condutas médicas. Esses procedimentos poderiam ser decisivos para salvar vidas, mas seguem suspensos, expondo ainda mais a população ao risco. A situação escancara, mais uma vez, a incapacidade da gestão estadual em assegurar o funcionamento básico da rede hospitalar.
O Sindsaúde/RN denuncia esse descaso e cobra providências imediatas por parte da Sesap e do governo Fátima Bezerra (PT). É inadmissível que a população, que necessita desse serviço, siga pagando o preço da irresponsabilidade e falta de prioridade, tendo exames cancelados e sua saúde colocada em risco. Exigimos uma solução urgente para restabelecer o atendimento e garantir condições dignas para servidores e pacientes.
