Na noite da última quarta-feira (27), os tomógrafos do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel quebraram novamente, paralisando os atendimentos e colocando a vida de pacientes em risco. Sem conseguir garantir a manutenção adequada do maior hospital de urgência e emergência do Estado, a Sesap tenta empurrar a demanda para outras unidades, como o Hospital Giselda Trigueiro e o Deoclécio Marques, que já funcionam no limite. Essa “solução” improvisada só aumenta a superlotação, sobrecarrega ainda mais os servidores (as) e amplia o caos que há muito tempo denunciamos. "Foram atendidos 18 pacientes vindos do Walfredo nesta noite. Devido a atestados e afastamentos, apenas um colega na escala, não havendo direito de revezamento e descanso", desabafou um (a) denunciante do Giselda.
As orientações emergenciais acordadas entre a própria Sesap e a direção do Walfredo mostram o tamanho do problema: pediatria, politraumatizados, casos abdominais agudos e pacientes neurológicos, dentro da janela de atendimento, estão sendo desviados às pressas, todos obrigatoriamente acompanhados por profissionais de saúde e com requisições carimbadas e assinadas. É uma verdadeira operação de guerra criada porque o principal hospital do estado não consegue manter um tomógrafo funcionando de forma regular. Essa situação não é imprevisto, não é pontual e não é aceitável. É o resultado direto do sucateamento, da falta de investimento e da ausência de gestão que atinge servidores e população.
Enquanto a Sesap segue apostando no improviso, os profissionais continuam sem condições mínimas de trabalho e os pacientes seguem circulando pela rede em busca de assistência que deveria ser garantida no Walfredo. O Sindsaúde/RN exige, mais uma vez, uma resposta imediata, transparência sobre as falhas, solução definitiva para os tomógrafos e respeito aos trabalhadores que sustentam a saúde pública com esforço diário. O caos tem responsáveis e não aceitaremos que servidores e população sigam pagando essa conta!