A direção do Sindsaúde/RN esteve na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Natal nesta segunda-feira (29) para averiguar denúncias sobre a precarização do serviço devido ao déficit de profissionais. Nesse sentido, foi constatado que, das nove viaturas necessárias diariamente para atender a população da capital, apenas seis (às vezes sete e no máximo oito) estão em funcionamento. O problema não está na frota, mas sim na falta de profissionais de enfermagem para compor as equipes.
Segundo a apuração do Sindsaúde/RN, há viaturas disponíveis e em condições, mas sem técnicos (as) de enfermagem e enfermeiros (as) suficientes para operá-las. A redução no número de ambulâncias circulando nas ruas impacta diretamente a população que é a maior prejudicada pela falta de atendimento em situações de emergência. Diante desse cenário, o sindicato reforça a necessidade urgente da abertura de concurso público para contratação de profissionais da saúde. “Não é possível garantir um atendimento de qualidade sem trabalhadores suficientes. O que está em jogo é a vida das pessoas”, destaca Paulo Martins, diretor do Sindsaúde/RN.
O sindicato também critica o acordo firmado entre a Prefeitura de Natal e o Ministério Público, que prevê a realização de um processo seletivo simplificado com validade de um ano, prorrogável por mais um. Para o Sindsaúde/RN, essa medida não resolve a crise e apenas posterga uma solução efetiva. “Nossa luta é por um concurso público de verdade, que seja amplo e contemple todas as áreas da saúde, incluindo o SAMU Natal”, finaliza Paulo.
Por fim, há uma sobrecarga de trabalho desumana uma vez que, com menos viaturas nas ruas, mais trabalho existe para aquelas que estão disponíveis e com isso os plantões tem sido cada vez mais exaustivos e adoecedores. O sindicato cobra, portanto, que o prefeito Paulinho Freire (União Brasil) abandone a lógica da terceirização que fragiliza os serviços públicos e invista no fortalecimento do SUS com a realização de concursos. Para o Sindsaúde/RN, apenas com servidores efetivos será possível garantir a continuidade e a qualidade do atendimento à população.
