Na manhã desta terça-feira (09), os trabalhadores e trabalhadoras da saúde em greve participaram de um ato unificado dos servidores públicos do RN contra o reajuste zero apresentado pelo governo Fátima Bezerra (PT). A atividade fez parte do calendário de greve da saúde onde reuniu outras categorias do estado. Durante o ato público em frene à Governadoria, os trabalhadores denunciaram as condições de trabalho e a insatisfação de permanecer por mais um ano com os salários congelados.
Os servidores e servidoras da saúde em greve fizeram uma arvore do desabastecimento dos hospitais do estado, representando a falta de medicamentos e insumos nas unidades de saúde. “Nos hospitais está faltando tudo: luvas, seringas, papel-toalha, álcool, remédios, alimentação e segurança. Estamos trabalhando sobrecarregados e por isso também reivindicamos a convocação do cadastro de reserva. A nossa greve é também por mais verbas para saúde e contra a privatização!”, enfatizou Maria Lúcia, diretora do Sindsaúde/RN.
Os trabalhadores e trabalhadoras também aproveitaram o momento de protesto para lembrar daqueles que perderam suas vidas lutando contra a ditadura militar, que em 2024 completa 60 anos. Para Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde/RN, a ditadura impediu as pessoas de existirem. “A ditadura não ia permitir que estivéssemos aqui. É uma data que precisa ser lembrada! Pessoas deram suas vidas para que a gente, hoje, pudesse estar aqui. Ditadura nunca mais”, afirmou.
Após o ato, o Sindsaúde/RN se reuniu com representantes da Sesap e da Secretaria de Administração para a presentar os cálculos/impacto. Nesta quinta-feira, às 15h, haverá uma nova reunião com a gestão para discutir os impactos financeiros. Lembrando que no mesmo dia, às 9h, haverá um ato em frente ao Hemonorte e na sexta (12), a categoria se reúne em uma Assembleia, às 9h, no auditório dos Bancários para debater a continuidade da greve e os informes da reunião de quinta.
