Thalia Varela
Thalia Varela

23/10/2025, 15h


Nesta última quarta-feira (22), o Sindsaúde/RN recebeu a informação que os profissionais da Central de Material do Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, em Assú, foram convocados para uma reunião presencial com a direção geral do hospital. O chamado veio logo após a repercussão da denúncia publicada pelo sindicato nesta última terça, 21 de outubro, que mostrava a falta de insumos e às péssimas condições de trabalho na CME da unidade. 

Dada a repercussão do caso e o temor dos profissionais com a convocação, a direção Regional do Sindsaúde Assú e sua assessoria jurídica se fizeram presentes, e acompanharam os servidores ao longo de toda a reunião com a direção do hospital. Por fim, a gestão alegou ter havido falhas na comunicação entre a direção e os profissionais da CME. 

Entenda o caso:

Após a divulgação da denúncia nas redes sociais nesta última terça-feira (21), a direção do hospital gravou, no dia seguinte, um novo conteúdo rebatendo às informações repassadas pelos servidores do hospital e mostrando que a CME estava abastecida e com todos os materiais necessários. Porém, o que a direção da unidade esqueceu de pontuar é que alguns dos materiais exibidos pela direção, se tratava de uma doação feita pelos próprios profissionais da Central de Material, e que outros ítens, só foram repostos depois da denúncia. 

Inclusive, essa situação foi explicada em um vídeo gravado por uma servidora do local que prefere não se identificar: “Chegou a escova, mas é uma doação de um funcionário e apenas algumas buchas. Mas olha o estado do cabo desse bisturi elétrico que é pra ser de uso único, ou seja, usar e descartar, mas é tão reaproveitado e esterilizado que tá assim, nesse estado”, afirma a servidora enquanto registrava em vídeo o cabo do bisturi completamente derretido devido às inúmeras esterilizações.  

Desde já, o Sindsaúde/RN reforça a importância dos servidores públicos no processo de denúncias que escancaram os problemas que afetam o funcionamento e a qualidade dos serviços prestados à população. Por isso, nenhum profissional, sobretudo da saúde, pode ser coagido, silenciado ou assediado no seu local de trabalho por não compactuar com problemas estruturais do setor. Se existem erros, o servidor deve DENUNCIAR e a Direção do Hospital, SESAP e Governo do Estado buscar soluções para resolver.