Pelo segundo dia consecutivo, os servidores terceirizados da saúde interromperam o trânsito na Avenida Salgado Filho, em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, para cobrar o pagamento do 13º salário e das férias. Após um ato público em frente à portaria do Hospital, os servidores terceirizados e concursados desceram a rampa em passeata e bloquearam o trânsito na Avenida. Eles atearam fogo em pneus e interromperam completamente o trânsito. Após 30 minutos, uma pista foi liberada e os motoristas que passaram buzinavam e aplaudiam o movimento. Os manifestantes usaram ainda chapéu de papai noel, para mostrar que passaram o natal sem o 13º salário.
Os terceirizados estão em greve há 22 dias, em atividades promovidas pelo Sipern, com o apoio do Sindsaúde. Neste período, as empresas Safe e JMT não assumiram compromissos sobre o pagamento do 13º salário, que não teve nem a primeira parcela paga até agora. Por conta disso, os grevistas resolveram radicalizar o movimento, para denunciar as empresas e o governo.
A greve atinge serviços de limpeza e alimentação nos hospitais da região metropolitana, com servidores da empresa Safe, e nos do interior, com contratados pela empresa JMT. Com a greve, o serviço de limpeza e higienização está reduzido e a alimentação dos servidores foi suspensa, assim como o de acompanhantes, como os da pediatria do Hospital Maria Alice.
Além da dívida com as empresas terceirizadas, a alimentação em alguns hospitais também está suspensa devido a falta de gêneros alimentícios, por dívidas com os fornecedores. “Este atraso é resultado das dívidas do atual governo com a saúde, de quase R$ 90 milhões. Exigimos que o governo garanta o pagamento dos salários e dos direitos desses trabalhadores”, afirma Manoel Egídio Jr., vice-coordenador do Sindsaúde.