Nesta quinta-feira (04), o Sindsaúde realizou uma assembleia financeira, para apresentar as contas do sindicato referentes ao ano de 2013. A assembleia reuniu 120 pessoas, entre servidores estaduais e dos municípios. Do interior, vieram representações de Santa Cruz, Pau dos Ferros, Mossoró, Touros, entre outras cidades. As contas apresentadas e entregues a todos os presentes foram aprovadas por unanimidade, com apenas uma abstenção.
A assembleia foi aberta pela coordenadora-geral do Sindsaúde, Simone Dutra, que apresentou as prioridades do Sindicato durante a atual gestão e pelo contador Cipriano de Carvalho, que apresentou o balancete. Na apresentação, ela apresentou de forma resumida os principais gastos do sindicato, e o aumento das despesas com as lutas e mobilizações em 2013, se repetindo em 2014. “Nossa prioridade foram os gastos com as lutas e as greves. Em 2013, o país parou em junho, fizemos greves, acampamos na casa da governadora, tivemos greves em Natal, Parnamirim e em diversas cidades do interior. Essa foi a principal despesa do sindicato”, afirmou.
Os gastos com lutas, mobilizações e formação totalizaram R$ 920.544,05 em todo o ano de 2013, representando 39,4% das despesas. Simone apresentou ainda um diagnóstico das finanças da entidade. “Encontramos um sindicato com dívidas e empréstimos, sem caixa, e priorizamos investir nas lutas nestes quase dois anos. Com isso, não fizemos grandes investimentos na estrutura e nas áreas de lazer. Agora, que temos as finanças equilibradas, pudemos começar a retomar estes gastos”, afirmou Simone. O sindicato fez uma reforma no alojamento em sua sede central e iniciou uma ampla reforma nos chalés da Área de Lazer de Pium, para o período das festas e o alto verão, além da manutenção que vem sendo feita na da Redinha.
O investimento no departamento Jurídico também foi destacado. Uma das primeiras medidas do sindicato foi a reformulação do setor, com o fim da cobrança dos honorários de 10% aos advogados, a ampliação da quantidade de advogados e do horário de atendimento. De dois advogados trabalhistas, hoje o Sindsaúde conta com nove profissionais, sendo que parte dedicada aos núcleos do interior, garantindo o atendimento jurídico aos sócios das regionais, sendo pagos pela estadual. A ampliação foi feita com um investimento a mais de cerca de R$ 7 mil mensais. A medida foi destacada por diretores de regionais e núcleos, como o de Santa Cruz.
A direção do sindicato também fez uma autocrítica pelo atraso na realização da assembleia, que, pelo estatuto, deveria ter ocorrido no primeiro semestre e se comprometeu a garantir a divulgação dos gastos ao longo do ano, a cada dois meses, durante 2015. “Vamos tomar as medidas para que isso seja feito, informatizar as finanças, ampliar a equipe, ver o que é preciso para que todos tenham acesso aos gastos regularmente. Esse dinheiro é da categoria.”, afirmou Simone. Uma próxima assembleia financeira ocorrerá no primeiro semestre de 2015, para a apresentação dos gastos de 2014.
A assembleia ainda discutiu a participação da Cooperativa de Crédito, que foi aprovada em assembleia em 2012, durante a gestão anterior. A proposta aprovada foi levar o tema para o Congresso, que decidirá sobre a continuidade ou não da participação na cooperativa. “Nós somos contrários, mas queremos que esta seja uma decisão coletiva, em congresso”, afirmou Simone. Uma comissão foi formada, com integrantes da base, para buscar informações junto à cooperativa, sobre a participação do Sindsaúde, diante da dificuldade de acesso às informações, como o estatuto da cooperativa.
A assembleia aprovou ainda a criação de um fundo de greve para as próximas lutas e a resistência aos ataques dos governos; o repúdio à campanha pela continuidade do atual secretário estadual de saúde, Luiz Roberto Fonseca; e uma moção em solidariedade a um ativista boliviano, diante da perseguição política que está sofrendo por parte das autoridades judiciais daquele país, em um caso de adoção.