No dia 25 de novembro, Dia Internacional de Luta pelo fim da violência contra a mulher, a Frente Feminista de Natal (formada pelo Movimento Mulheres em Luta - MML - e outras entidades) promoveu um ato público no Alecrim, para denunciar a violência machista, que mata uma mulher a cada hora e meia no Brasil.
O ato teve início no Centro de Saúde Reprodutiva da Mulher e seguiu em passeata até a praça Gentil Ferreira, conhecida como a praça do relógio. O Sindsaúde-RN denunciou a violência institucional contra as mulheres: "não é só a violência machista que mata as mulheres. Quando os governos fecham serviços de saúde às mulheres eles também estão cometendo uma violência. Escolhemos iniciar o nosso ato no Centro Reprodutivo porque atualmente ele representa essa violência institucionalizada pelo governo Rosalba", criticou Jamille Gibson, diretora do Sindsaúde-RN.
O Centro de Saúde Reprodutiva é referência no diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama e está em processo de esvaziamento desde que o Governo do RN decidiu transferir a administração do serviço para a Prefeitura de Natal. O Centro já chegou a realizar 660 mamografias por mês, agora não faz mais nenhum. O governo doe stado abandonou a unidade e retirou servidores e equipamentos do local, passando a responsabilidade para a Prefeitura de Natal, que ainda não assumiu a unidade.
O ato das mulheres também denunciou a violência machista, que faz vítimas todos os dias. Apesar da Lei Maria da Penha, as mulheres convivem com o descaso dos governos que não investem em políticas de combate ao machismo e à violência. O Rio Grande do Norte têm poucas delegacias especializadas e apenas duas casas-abrigo, o que faz com que a impunidade prevaleça.
As manifestantes também exigiram que o governo Dilma invista pelo menos 1% do PIB em políticas de combate à violência machista.