Na manhã desta terça-feira (18), o Sindsaúde-RN e outros sindicatos do funcionalismo público entregaram ao deputado estadual Fernando Mineiro (PT), membro da equipe de transição do governo Robinson Faria, um estudo sobre a arrecadação e a despesa do governo estadual, durante a gestão de Rosalba Ciarlini. O estudo foi feito pelo Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) e apontou que a situação econômico-financeira do RN não é de desequilíbrio fiscal, como a gestão atual costuma declarar à imprensa.
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O deputado Fernando Mineiro se comprometeu a apresentar o estudo à equipe de transição e a tentar marcar uma reunião com o governador eleito Robinson Faria ainda em 2014, para ouvir as demandas dos sindicatos.
No início da manhã, o Sindsaúde, o Sinai, o Sindifern, Sinpol e o Sinsp promoveram uma coletiva de imprensa na sede do Sindsaúde para apresentar o estudo do DIEESE aos jornalistas. O representante do DIEESE, Melquisedec Moreira, explicou que entre 2010 e 2013 as receitas do estado cresceram, enquanto as despesas com a folha de pagamento dos servidores apenas acompanharam esse crescimento. A Receita Disponível do poder Executivo passou de R$ 4,6 bilhões para R$ 5,8 bilhões (62,4% e 58,8% da receita total, respectivamente). Por outro lado, o gasto com pessoal se manteve em 8% do PIB ao longo do mesmo período.
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Ou seja, embora o governo Rosalba afirme que o gasto com pessoal sobrecarrega as contas do estado, o estudo do DIEESE mostra que essas despesas se mantiveram estáveis nos últimos anos, enquanto a arrecadação do governo, na verdade, cresceu.
“Estamos diante de uma falácia quando o governo Rosalba responsabiliza as despesas com o funcionalismo público pelo desequilíbrio nas contas do estado. O estudo do DIEESE mostrou que não há esse desequilíbrio e que na verdade o estado teria sim condições até de ampliar as despesas com o serviço público”, afirmou Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde-RN.