Os servidores da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) completaram um mês de greve na quarta-feira (08). Diante da falta de respostas da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), os servidores realizaram um ato na sede da Secretaria, na manhã desta quinta-feira. Eles afixaram faixas e cartazes, denunciando o sucateamento da unidade e a falta de medicamentos. Uma grande faixa cobriu toda a fachada da Sesap, chamando a atenção da população para a greve.
Os servidores também distribuíram comunicados à população, denunciando o desconto. “A greve não é ilegal e não se pode cortar o salário, do qual o servidor depende para seu sustento. O absurdo é tamanho que a Sesap descontou até dias em que eles estavam trabalhando, antes do início da greve. Foi uma perseguição aos que estão à frente da greve”, denuncia Manoel Egídio Jr, do Sindsaúde. O corte atingiu oito servidores, que tiveram 12 dias descontados, correspondendo ao período de 01 à 12 de setembro. O descontou chegou a R$ 959,00, quase metade da remuneração. Além disso, todos os 65 servidores foram descontados pela paralisação de 27 de agosto.
A Sesap recebeu os servidores e agendou uma reunião para a tarde de hoje, com o setor de Recursos Humanos. Ao mesmo tempo, a diretora da Unicat, que não aparecia na unidade há algumas semanas, realizou uma reunião surpresa na unidade, convocando os servidores. O sindicato e o comando de greve participaram da reunião e reafirmaram a continuidade da greve.
O Sindsaúde aguarda o avanço nas negociações e uma nova reunião com o Ministério Público. Os servidores reivindicam a manutenção da jornada e do horário de atendimento, a recomposição da força de trabalho e o fim do assédio moral. A Sesap promoveu o corte dos plantões eventuais, o que reduziu a força de trabalho em 31%, provocando a piora dos serviços e a diminuição na quantidade de atendimentos. Os servidores denunciam também a falta de medicamentos. No dia 1º de outubro, o desabastecimento na Unicat atingiu 56,1%. Dos 484 itens em estoque, 272 estavam em falta. Nesta quarta (08), 24 medicamentos de alto custo estavam em falta.
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