Nesta terça-feira (9), os servidores estaduais da saúde deram continuidade à greve da categoria com um ato em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, contra as medidas de contenção de gastos do governo Rosalba, que vêm prejudicando a população e os servidores com a retirada de direitos.
O ato, que começaria na Unicat e só depois seguiria em caminhada para o Walfredo Gurgel, precisou acontecer desde o início no Walfredo devido à forte chuva da manhã. Lá, os trabalhadores terceirizados do hospital apoiaram a greve, se juntaram aos servidores e também paralisaram suas atividades. Mais uma vez, os terceirizados tiveram seus salários atrasados, devido à falta de repasse do governo Rosalba à empresa SAFE.
“O governo nos ataca por todos os lados, seja retirando direitos dos servidores ou atrasando o pagamento dos terceirizados. No fim, quem sofre é o trabalhador. O governo Rosalba gasta R$ 10 milhões todos os meses para pagar a Arena das Dunas, mas resolve cortar a alimentação dos servidores para economizar ainda mais o dinheiro da saúde”, criticou Manoel Egídio, coordenador geral em exercício do Sindsaúde.
À tarde, também no Walfredo Gurgel, os servidores em greve participaram de uma palestra sobre assédio moral no trabalho e direito de greve. A assessoria jurídica do sindicato mostrou algumas situações que podem ocorrer no local de trabalho e que se configuram como assédio moral contra o trabalhador, como ameaças em público, serviços fora do horário de trabalho ou impedimento para ir ao banheiro. A palestra também falou sobre direitos que o trabalhador tem de se organizar enquanto classe e explicou o que fazer em casos de assédio moral e a quem recorrer.
Amanhã (9), às 9h, a agenda da greve continua com um novo ato público, dessa vez no Hospital Santa Catarina, na Zona Norte.