Quase dois anos depois da implantação do sistema de ponto eletrônico, os servidores da saúde do estado ainda convivem com problemas graves em seu funcionamento: Máquinas quebradas sem substituição, filas constantes e ausência de comprovante de registro e de manutenção do livro de ponto.
Os casos mais graves são as falhas do sistema, que nunca foram corrigidas pela Sesap, apesar de todos os prazos anunciados. Ainda ocorrem erros nos horários e no registro de entrada ou de saída. No Santa Catarina, servidores tiraram fotos do ponto eletrônico, que marcava um horário com duas horas de atraso. Filas também ocorrem no hospital, sempre que uma as máquinas quebram (foto). No Ruy Pereira, já ocorreram casos de descontos indevidos, de até R$ 500, e o servidor é que precisou buscar reaver o prejuízo.
Os erros prejudicam os trabalhadores e ainda dão margem para o assédio moral, pois o trabalhador precisa ficar correndo atrás das chefias para fazer correções ou dar justificativas, por um erro que não foi ele que causou.
A Sesap, além de não corrigir os problemas e implantar a impressão dos comprovantes, ainda quer que o servidor faça relatório diário de presença no sistema. Além de pegar a fila do ponto, dar conta do excesso de pacientes, ainda tem que parar, arrumar um computador e fazer o relatório.
Os servidores aprovaram em assembleia geral uma campanha contra os erros do ponto eletrônico e discutem o boicote em cada unidade. Os servidores estão trabalhando com o adesivo da campanha e haverá uma nova assembleia, no dia 9 de julho, às 09h, no Sindsaúde, para discutir os próximos passos e avaliar a proposta de boicote ao ponto eletrônico.