Nesta segunda-feira (16), os servidores da saúde participaram do ato público e da passeata contra os gastos da Copa do Mundo. Os servidores se concentraram no Walfredo Gurgel, às 14h, onde realizaram uma assembleia para discutir os erros do ponto eletrônico. A reunião contou com servidores de diversas unidades da Grande Natal, como o Santa Catarina, Deoclécio Marques, Giselda Trigueiro, além de servidores de Natal, cerca de 30 servidores de diversas cidades do interior e uma delegação da greve de Parnamirim.
O ato foi convocado por 21 entidades e sindicatos, com o objetivo de denunciar a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e criticar as injustiças com a Copa do Mundo. Ainda em frente ao Walfredo Gurgel, uma coluna de policiais tentou intimidar os manifestantes e chegou a bloquear a rampa de acesso ao hospital, colocando em risco a passagem das ambulâncias. Após a chegada da imprensa, os policiais abriram passagem para a manifestação, que seguiu em direção ao Midway.
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Os servidores da saúde levaram uma grande faixa, escrito “Menos Copa, Mais saúde”. No caminho,os manifestantes entregavam panfletos e adesivos para a população e até confraternizaram com torcedores de Gana. Eles denunciaram os gastos da Copa, em especial, o estádio Arena das Dunas, que custará R$ 1,33 bilhão ao longo de 20 anos. Segundo o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) adotado pelo governo do estado, o Estado depositará parcelas mensais ao consórcio responsável pela administração do estádio.
No Midway, os manifestantes fizeram uma concentração, se unindo a outras categorias, como os servidores da UFRN e os bancários, e estudantes.
De lá, seguiram em passeata pela Salgado Filho até a Av. Antonio Basílio, onde os policiais formaram dois bloqueios, impedindo a passagem do protesto.“Essa é a ditadura da Fifa e do prefeito Carlos Eduardo. Não podemos fazer greve e ainda nos impedem de seguir com a manifestação. A área restrita é lá perto do estádio e bloqueiam a nossa passagem aqui. Querem esconder os protestos”, afirmou Rosália Fernandes, do Sindsaúde.
O ato seguiu ainda pela Antonio Basílio, até a Prudente de Morais, onde o Sindsaúde deixou o ato, com outros movimentos e manifestantes, para evitar confrontos com a polícia. Ainda assim, enquanto caminhavam de volta ao Walfredo Gurgel, muitos manifestantes foram revistados pela polícia, em frente ao posto Shell, incluindo diretores do Sindsaúde. Todos foram liberados em seguida.