Na manhã desta sexta-feira (14), por volta das 08h30, os servidores da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) deixaram o prédio, após perceberem fumaça e um forte cheiro de queimado. Eles desceram as escadas e aguardaram do lado de fora, enquanto o Corpo de Bombeiros examinava o prédio.
Segundo o relatório do Corpo de Bombeiros, não houve princípio de incêndio. A fumaça e o cheiro de queimado seriam de madeira, que estava sendo cortada, no subsolo. O cheiro teria subido pelo sistema de ventilação e chegado até os andares superiores do prédio, provocando o temor de um incêndio.
Para o Sindsaúde, o episódio demonstra a situação de risco e a insegurança com a qual convivem os servidores. “Ainda bem que desta vez foi um alarme falso. Mas o risco de incêndio aqui é tão alto, que o pessoal trabalha com medo. Não se pode trabalhar assim”, afirma Egídio Jr., vice-coordenador geral, que esteve no local.
Os princípios de incêndio são comuns. O último ocorreu no final de 2013, mas não chegou a ser noticiado. Em 2012, as chamas puderam ser vistas pela janelas do prédio. “Trabalho aqui há quatro anos e já tive que descer as escadas cinco vezes”, conta uma servidora, que não quis se identificar. “A parte elétrica é ruim, os elevadores são velhos, as colunas têm rachaduras”, denuncia outra servidora.
A situação é tão grave que os próprios servidores, por conta própria, chegaram a instalar um alarme, para que todos pudessem ser avisados em uma urgência. O alarme foi o que avisou a todos, na manhã de hoje.
O sindicato fará uma reunião com os servidores da Sesap, para discutir a situação do prédio.“O sindicato já entrou na Justiça, para que o prédio fosse interditado. Há problemas elétricos, de todo tipo. Mas a Justiça negou nosso pedido. O resultado está aí. Exigimos que as reformas sejam feitas e que sejam criadas mecanismos para garantir a segurança dos servidores, como Cipa, treinamentos e alarmes”, afirmou Egídio Jr.