O primeiro dia da greve dos servidores da saúde começou com um grande ato em frente à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). O protesto reuniu servidores de Natal, dos hospitais Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Ruy Pereira, Giselda Trigueiro, Maria Alice e João Machado e da Samu, Unicat e CRI.
De Parnamirim, uma van trouxe servidores do Deoclécio Marques, e um ônibus trouxe servidores do Hospital Regional Aluizio Bezerra, de Santa Cruz. Os servidores estão ameaçados de perder todas as gratificações, a partir de fevereiro, por uma decisão da Sesap.
O ato contou com um grande número de trabalhadores terceirizados, que estão em greve pelo pagamento de seus salários, atrasados desde o dia 07. É o segundo mês consecutivo que a empresa Safe atrasa os salários, por conta da falta de repasses da Sesap.
O ato reuniu também um grupo de aposentados, que se reuniu logo cedo na sede do Sindsaúde, e fez um apelo à governadora. “O aposentado tem direito a comer, a beber, tem direito ao lazer. Tenha misericórdia, governadora, quatro anos sem aumento”, afirmou a aposentada Maria das Graças Felix da Silva, aposentada há 14 anos.
Com uma grande tenda, cartazes e nariz de palhaço, os servidores vão permanecer em vigília até às 16h. “Estamos aqui denunciando a quebra de um acordo. O governo já está ameaçando com corte de ponto, mas não consegue explicar porque não cumpriu a palavra”, afirmou Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde.
O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Leite Fonseca, não estava no local. Uma comissão de servidores está indo até a Assembleia Legislativa, para conversar com os deputados estaduais.