A morte de Amarildo, morador da favela da Rocinha no Rio e do jovem Douglas, na zona Norte de São Paulo escancaram uma triste realidade: há um verdadeiro genocídio do povo negro nas periferias brasileiras. O que está por trás disso é o racismo, base para enorme diferença salarial entre negros e brancos e para a miséria a que estão submetidas as mulheres negras, que chegam a ganhar até 72% a menos do que um homem branco.
São as mulheres negras as maiores vítimas da violência doméstica, sexual e do assédio moral e sexual nos locais de trabalho. O tráfico sexual também tem como alvo mulheres jovens e negras.
São também as mulheres negras que ocupam as enormes filas dos hospitais públicos e quem mais frequenta as listas de espera das creches. A morte dos jovens das periferias faz milhares de mulheres negras sofrer com a perda de seus filhos, maridos, parentes.
O 20 de Novembro traz a memória de Zumbi, grande símbolo de resistência contra a escravidão, a exploração e a opressão. A melhor forma de continuar sua luta é enfrentar o abismo social entre negros e brancos, que submete as mulheres negras às piores condições de vida. Queremos lembrar Zumbi, lembrando também de Dandara, mulher guerreira, inspiração para a organização classista das mulheres trabalhadoras. Por isso, o MML Está Nas marchas da periferia de todo o país, junto com o Quilombo Raça e Classe, parceiro na luta e na construção da CSP-Conlutas!
Chega de racismo e machismo!
Salário Igual para Trabalho Igual!
Pelo fim do tráfico de mulheres!
Pela desmilitarização da polícia!
Movimento Mulheres em Luta (MML)
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Manifesto do Movimento Quilombo Raça e Classe: POR QUE DEVEMOS MARCHAR NA PERIFERIA!