Os servidores da saúde que trabalham no Hospital Monsenhor Antônio Barros, localizado no Município de São José de Mipibu, estão sem alimentação nesta sexta-feira (24), às refeições estão sendo garantidas apenas para pacientes e acompanhantes. Infelizmente, esse é mais um dos hospitais estaduais afetados com a suspensão das refeições para os servidores em virtude da greve dos profissionais terceirizados da JMT, que começou o movimento paredista no último dia 16 de janeiro, por atraso salarial.
A situação também é vivenciada na Região do Seridó potiguar, nos hospitais de Caicó e de Currais Novos, que suspendeu a alimentação para os trabalhadores, mas segue com o fluxo normal de atendimentos, inclusive de cirurgias eletivas, sem ao menos garantir alimentação para seus profissionais. Desde a última semana, o Sindsaúde/RN também registrou a suspensão de refeições no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, no Walfredo Gurgel, Santa Catarina e no Hospital da Polícia, em Natal, no Deoclécio Marques, em Parnamirim, além de vários outros hospitais regionais do Rio Grande do Norte. O motivo? A paralisação das atividades dos trabalhadores terceirizados que seguem sem perspectivas de quando vão receber o salário de dezembro/2024.
Infelizmente por ser um problema recorrente, há anos que o Sindsaúde/RN pauta e discute nas Mesas de Negociação SUS, alternativas plausíveis para garantir o fornecimento de comida para os trabalhadores em caso de greve ou qualquer outra intercorrência que afete o provimento de alimentação nos hospitais. O sindicato reivindica a adoção e implantação de medidas eficazes e imediatas que atendam as necessidades alimentícias daqueles que trabalham em regime de plantão, de 12h e até 24h por dia. Mesmo com as discussões, até o momento a SESAP e o Governo do Estado ainda não conseguiram formular e pôr em prática um “Plano B”, que antecipe esses problemas e resolva a situação.
Ao serem procurados pela direção do Sindsaúde/RN nesta sexta, 24, a SESAP informou em nota que, “Em algumas unidades, já foi possível operacionalizar soluções e em outras está em andamento. Em paralelo, tem-se a perspectiva de pagamentos às empresas terceirizadas em breve objetivando o fim da paralisação desses profissionais.”, finaliza o comunicado. Porém, de acordo com as informações obtidas pelo sindicato, a alimentação só foi garantida aos profissionais que trabalham nos hospitais localizados em Natal até o dia 26/01, mas as unidades da região metropolitana e dos interiores continuam desassistidas. Até quando?
Além dos terceirizados da nutrição, os vigilantes, maqueiros, ASG e outros trabalhadores da saúde que prestam serviços nos hospitais do RN, também sofrem com o atraso salarial pela falta de repasse do Governo do Estado. Por isso, o Sindsaúde/RN se solidariza e apoia a luta desses profissionais, mas é preciso reforçar nosso posicionamento contra o avanço e a perpetuação da terceirização dentro dos serviços públicos, pois é através de vínculos frágeis, que escravizam os trabalhadores e precarizam os serviços.