A direção do Sindsaúde/RN esteve, na manhã desta terça-feira (8), na Igreja Presbiteriana Memorial, no bairro de Nossa Senhora de Nazaré, onde atualmente funciona de forma improvisada a USF de Nazaré. A igreja, voluntariamente, cedeu o espaço para que os trabalhadores (as) da saúde continuassem prestando os serviços à população depois que, há quase dois meses, a sede da unidade foi interditada devido a um desabamento do teto. Cabe destacar que na USF também funciona a sede do Distrito Sanitário Oeste.
A situação precária da USF, que dura há cerca de dois anos, já havia sido denunciada pelo sindicato outras vezes e uma denúncia formal foi protocolada no Ministério Público. Mesmo assim, a reforma da unidade sequer começou e muito menos tem um prazo para terminar. Enquanto isso, toda segunda-feira os trabalhadores (as) carregam, ao longo de 450m, os materiais necessários para a montagem da estrutura para o atendimento e toda sexta-feira tudo precisa ser desmontado e levado de volta à sede da USF para que no fim de semana a igreja possa manter suas atividades.
Diante da situação de puro improviso, não está sendo possível a realização de preventivos e outros exames mais complexos. As vacinas estão ocorrendo apenas nas terças e quintas e o trabalho de regulação de pacientes acontece toda terça, quarta e quinta, com a distribuição de 15 fichas. Os três consultórios estão funcionando somente com ventiladores e biombos improvisados e somente as salas onde funcionam a vacinação e direção tem ar condicionado.
No local também não há a presença de maqueiros para auxiliar na locomoção de pacientes idosos ou com mobilidade reduzida e a aferição de pressão e HGT acontecem em um espaço completamente improvisado e sem estrutura. “O que estamos fazendo aqui é por amor à população de Nazaré. Só por isso, porque condições não existem”, desabafa um (a) trabalhador (a) do local. O caos encontrado pelo Sindsaúde/RN na USF de Nazaré é o cúmulo da falta de respeito e empatia da gestão Álvaro Dias (Republicanos) e talvez um de seus mais cruéis legados para a saúde de Natal.
Nós exigimos uma data para o fim desse pesadelo. Queremos uma reforma imediata e completa na USF Nazaré para que os (as) pacientes possam voltar a receber um atendimento digno e os trabalhadores (as) parem de se sacrificar para exercer sua própria função profissional!