O Sistema Único de Saúde (SUS) completa 34 anos nesta quinta-feira, dia 19 de setembro, consolidando-se como um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. Criado em 1988 com o objetivo de garantir o acesso universal e gratuito à saúde para toda a população brasileira, o SUS tem se destacado em várias frentes, desde o atendimento primário até procedimentos avançados como transplantes de órgãos e tratamento de doenças crônicas.
O SUS está presente na vacinação no posto de saúde; na produção das vacinas; em visitas de agentes comunitários; na vigilância sanitária; nas ambulâncias do SAMU; em consultas com médicos e médicas generalistas ou com especialistas; nos exames; na cirurgia de transplante; na oferta de medicamentos etc. Enfim, o SUS está presente em muito além do que vemos, mesmo assim resiste apesar de todos os problemas de subfinanciamento, gestões desqualificadas e ausência de incentivos aos trabalhadores.
Nesse contexto, o SUS deveria ser organizado sob as diretrizes da Seguridade Social, apoiado em uma noção abrangente de direito e proteção social. A saúde é uma necessidade humana básica e, por isso, deve ser compreendida como um direito universal, independente do poder de compra dos indivíduos. Mas, na prática, a burguesia e os governos são os responsáveis para que não se concretizasse o SUS universal e estatal. Os problemas estruturais de sub-financiamento e da forte presença do setor privado é o que quebra esses princípios.
No Brasil, 150 milhões de pessoas dependem do SUS (Sistema Único de Saúde no Brasil, ou seja, 7 em cada 10 pessoas dependem única e exclusivamente o SUS. E os 25% conveniados estão em sua imensa maioria insatisfeito com o atendimento prestado pelo setor privado e também recorrem com frequência ao SUS.
Infelizmente, o sub-financiamento do SUS é uma política deliberada dos governos e que impossibilita o SUS de existir plenamente, como idealizado na Constituição de 1988 e apenas beneficia o mercado da saúde (planos, cooperativas e consultas particulares) e se fortalece e enriquece, usando os recursos e dinheiro do Estado.
Para nós do Sindsaúde/RN, a defesa do SUS está na ordem do dia, e não é tarefa apenas dos trabalhadores da saúde, mas do conjunto da classe trabalhadora, da população, pois o direito à saúde universal é uma necessidade básica e precisa ser defendido de maneira intransigente, visto que é parte constituinte do direito à vida. Por isso, no dia de hoje, queremos reforçar a importância de lutar por um SUS 100% estatal, gratuito e de qualidade!