Os trabalhadores (as) da saúde se reuniram na manhã desta quarta-feira (20) em mais uma Assembleia Geral que rejeitou por unanimidade a proposta do governo Fátima Bezerra (PT) de recomposição salarial em 2025, aprovou uma greve para abril e uma nova orientação para os (as) servidores (as) da saúde que entraram no serviço público antes de 1988. Entenda as decisões:
- Diante da decisão mais recente do Tribunal de Contas do Estado que vai considerar a solicitação dos servidores que requererem a aposentadoria até o dia 25 de Abril, infelizmente, o Sindsaúde/RN passa agora a orientar que os servidores busquem dar entrada nas suas aposentadorias até dia 24 de abril. Paralelo a isso, o Sindsaúde/RN, em conjunto com o Sinpol/RN, se habilitou com a petição Amicus Curiae no Mandado de Segurança impetrado pelo estado contra o acórdão 733/2023 do TCE, no Tribunal de Justiça do RN. Sendo assim, caso os sindicatos consigam reverter a situação, os trabalhadores (as) serão avisados e, aqueles que não desejam se aposentar, poderão retirar a solicitação de aposentadoria. Além disso, a reunião do Fórum dos Servidores (as), realizada na última terça-feira (19), encaminhou que, nesta quarta-feira(20) será solicitada uma audiência pública na Assembleia Legislativa para se debater politicamente a pauta.
- No que se refere a campanha salarial, o conjunto dos trabalhadores (as) deliberou que o governo Fátima Bezerra (PT) precisa ser enfrentado à altura através de uma forte greve, com início marcado para quarta-feira, 3 de abril. Isso porque o governo insiste na proposta descabida de recomposição salarial apenas em 2025, além da falta de interesse político em discutir os pontos da pauta da categoria, pedindo inclusive que o sindicato escolhesse pontos prioritários para serem atendidos, pedido obviamente negado pelo Sindsaúde/RN.
Relembramos ainda que, na reunião de sexta-feira (15), a SEAD chegou a ameaçar, através de item escrito na ata da reunião, que em caso de movimentação grevista a categoria será retirada da Mesa de Negociação, ou seja, o governo suspenderá o diálogo e só irá retomar as negociações depois do fim da greve. Ainda assim, entendemos que não existe outro caminho que não seja o enfrentamento. Os trabalhadores (as) da saúde não são os vilões. Não foram eles que quebraram esse governo. É hora de ir atrás do que é seu por direito. Agora é greve!