A atuação da direção do Sindsaúde/RN junto ao Conselho Estadual de Saúde (CES) e o Crefono (Conselho Regional de Fonoaudiologia) em favor da efetivação do direito da criança recém nascida, logrou êxito no início deste mês de outubro com o retorno do serviço de Triagem Auditiva Neonatal no Hospital Dr. José Pedro Bezerra, mais conhecido como Hospital Santa Catarina. A triagem é direcionada a detecção precoce da deficiência auditiva em neonatos, e deve ser realizada entre às 24 e 48 horas após o nascimento da criança.
Esse serviço estava sendo negado à população desde 2019, quando não houve interesse da gestão do hospital da época em resolver o problema, que seria o transporte do aparelho para manutenção em São Paulo. Até então, as crianças que nasciam no HJPB eram encaminhadas após a alta, para um serviço terceirizado pelo Estado, gastando mais recursos públicos e inviabilizando a realização do exame para algumas famílias pela questão do deslocamento, como também a situação socioeconômica.
O Sindsaúde/RN denunciou essa situação ao CES e ao CREFONO em 2021, quando soube do fato. E o Conselho Estadual de Saúde cobrava, desde então, esclarecimentos e empenho para a efetivação desse direito. O sindicato segue cobrando ao Governo do RN a convocação do Cadastro de Reserva de todas as áreas, mas em especial aos profissionais da fonoaudiologia, uma vez que no Hospital Dr. José Pedro Bezerra só existe apenas 1 fonoaudióloga fixa no alojamento conjunto, e 1 outra com 4 eventuais que não cobrem a necessidade deste serviço.
No local, além do teste da orelhinha, também é realizado o Teste da linguinha no alojamento conjunto. Já na UTI neonatal e Canguru, esses profissionais prestam apoio a amamentação dos recém nascidos prematuros, entre outras atividades.
Para nós do Sindsaúde/RN, o serviço da Fonoaudiologia é muito importante dentro e fora do serviço hospitalar e de serviços especializados como o CRI. Por isso, urge, aos órgãos de controle encontrar meios para que os direitos da população que necessitam de atendimentos prioritários sejam atendidos. Chega de fechar os olhos para a não efetivação dos direitos de saúde, que são continuamente violados pelas diferentes gestões executivas em nome da economia, a saúde da população trabalhadora e de seus filhos deve ser considerada como investimento!