Na última terça-feira (09), a direção do Sindsaúde/RN recebeu uma denúncia grave de superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Potengi, Zona Norte de Natal. Segundo relatos dos servidores e servidoras da unidade, no plantão noturno de terça parecia um verdadeiro cenário de guerra, com cerca de treze pacientes internados e apenas dois técnicos de enfermagem na medicação, ficando apenas um na hora do revezamento.
Mas, a situação não para por aí. Segundo relatos, na segunda (08), haviam sete crianças internadas e não tinha uma maca sobrando, caso chegasse uma emergência. No entanto, chegaram duas urgências ao mesmo tempo e uma mãe que estava internada com seu bebê, precisou sair da maca para disponibilizá-la a outro paciente.
De acordo com um outro relato, um técnico de enfermagem informou que adquiriu uma lesão na lombar por ficar sobrecarregado nos plantões e ter ficado muitas vezes sozinho no revezamento.
“A gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) acha que os “heróis” da saúde têm superpoderes, mas não fazemos mágica prefeito. Essa sobrecarga de trabalho é desumana com os trabalhadores e com os usuários que acabam tendo uma assistência totalmente precarizada. A gestão culpou a greve pela superlotação nas unidades de saúde de Natal, mas aí está a prova de que o caos da saúde sempre existiu”, enfatizou Érica Galvão, diretora do Sindsaúde/RN.
Para nós do Sindsaúde/RN, infelizmente, essa é a realidade enfrentada pelos trabalhadores e trabalhadoras da saúde de Natal. O prefeito Álvaro Dais e seus aliados não investem na saúde e de forma consciente abandonaram esse serviço tão essencial para a população da capital potiguar. É inadmissível que os trabalhadores tenham que lidar com esse tipo de situação, muitas vezes, adoecendo. É urgente convocar mais profissionais para garantir um atendimento de qualidade. A prefeitura precisa chamar o cadastro de reserva do último concurso e priorizar a saúde pública. A saúde não é mercadoria!