Em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, na manhã desta terça-feira (11), os trabalhadores e trabalhadoras da saúde do Rio Grande do Norte iniciaram mais uma greve da categoria. A pauta da saúde é extensa e contempla pelo menos dezenove pontos de reivindicação. O governo, por sua vez, não dialoga de forma efetiva e segue empurrando com a barriga pontos extremamente importantes como o pagamento dos plantões eventuais dentro do mês trabalhado, a implantação e pagamento do piso da enfermagem, o pagamento das perdas salariais para ativos e aposentados no percentual de 21,87%, o pagamento do adicional de insalubridade para todos e todas e a revisão da lei da produtividade.
Durante a atividade de mobilização em frente ao Walfredo Gurgel, os trabalhadores e trabalhadoras foram surpreendidos com a convocação do Ministério Público do Trabalho para uma audiência de conciliação sobre a greve, marcada ainda para esta terça-feira (11) às 14h. O chamado foi feito diante de uma denúncia do então diretor geral do Walfredo Gurgel, Tadeu Alencar, já denunciado pelo Sindsaúde/RN em outras ocasiões por suas atitudes truculentas, ditadoras e antissindicais. No dia 20 de janeiro, durante um ato legítimo da categoria, Tadeu chegou a chamar a polícia militar para tentar finalizar à força a mobilização.
Em um trecho do documento a que tivemos acesso, o diretor geral alega que a enfermagem é a maior força de trabalho do hospital e que, ao aderir a greve, estes profissionais estarão prejudicando os usuários do SUS que recorrem ao Walfredo para salvar suas vidas. A pergunta que não quer calar é: onde está todo esse reconhecimento no dia a dia destes servidores e servidoras? E quem salva a vida daqueles que se matam para dar a melhor assistência sem a menor condição para tal? Essa colocação não é justa! Os trabalhadores (as) da saúde não precisam paralisar suas atividades se o governo fizesse sua parte. A greve só está começando e atitudes como essa não irão amedrontar uma categoria que tem a luta enraizada. Fora Tadeu, a greve continua! Governadora, a culpa é sua!
Relembre:
A greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 11 de abril, foi uma decisão tomada pela categoria na Assembleia do último dia 29 de março. A categoria iniciou a Campanha Salarial de 2023 e decidiu iniciar a greve como uma resposta ao governo Fátima Bezerra (PT) que segue sem apresentar soluções para muitos pontos da pauta dos trabalhadores da saúde do RN e desde o ano passado não cumpre sequer o que está previsto na lei do Plano de Cargos. Além disso, a Mesa Sus, criada para negociar, está sendo usada apenas para enrolar.