Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde do município de Natal estiveram reunidos, na manhã desta quarta-feira (30), em frente a UPA Potengi. O Ato Público, definido por votação na última assembleia unificada da categoria, foi o primeiro de uma série de atividades que marcam o retorno do movimento de luta no município, liderado pelas entidades sindicais: Sindsaúde/RN, Sindern, Soern, Sinfarn e Sinsenat.
A Unidade de Pronto-atendimento do Potengi foi escolhida para sediar a primeira atividade da categoria por causa dos últimos acontecimentos envolvendo o local. A UPA tem sofrido com a superlotação, principalmente de pacientes infantis, devido ao fechamento do setor de pediatria da UPA Pajuçara. Conforme previsto pelo Sindsaúde/RN, o fechamento do serviço prejudicou os moradores da zona norte e a "redefinição de fluxo pediátrico" sobrecarregou os atendimentos da Upa Potengi que já chegou a ter que atender o dobro de sua demanda habitual. Tudo isso com problemas estruturais, falta de insumos e equipes reduzidas.
Durante a atividade, registramos a chegada de mais de dez crianças em busca de atendimento. A unidade estava com grande fluxo de outros pacientes e várias pessoas, com sintomas de Covid-19, afirmaram que foram mandadas para a casa sem receber atendimento e sem realizar o teste. Como justificativa, os usuários e usuárias informaram que a equipe alegou falta de insumos, equipe reduzida e a greve dos médicos que já dura há quase uma semana. Na ocasião, presenciamos confusões e um clima muito tenso entre os pacientes e os servidores que, na maior parte das vezes, acabam sendo culpabilizados por todo transtorno quando na verdade o único culpado disso tudo é Álvaro Dias (PSDB).
Ao todo realizaremos três atividades, sendo as seguintes: no dia 05/12 às 8h na Leide Morais e no dia 07/12 às 8h na Câmara dos Vereadores em uma Paralisação 24h de Advertência. Além destas mobilizações, uma movimentação será organizada no dia da votação da LOA na Câmara dos Vereadores, assim que for divulgada a data da votação, nos articularmos para estar presentes. A pauta da categoria é histórica e engloba pontos importantes como a insalubridade, mudanças de nível, quinquênio e piso da enfermagem. Outro ponto a ser reivindicado é o fato da mesa greve não estar cumprindo seu papel, uma vez que é constantemente adiada e não tem servido para dar encaminhamento às negociações. A saúde do município já foi paciente demais. É hora de ir forte para cima de Álvaro Dias!