Na última quinta-feira, 7 de Abril, comemorou-se no Brasil mais um Dia do Jornalista. Apesar de essencial à manutenção da democracia, o exercício da profissão é muito desvalorizado e, sobretudo nos últimos anos, vem sendo constantemente atacado. Dados do relatório do “Monitoramento de ataques à imprensa no Brasil”, realizado há nove anos pela pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), mostram que, apenas em 2021, foram registrados 453 ataques contra comunicadores e meios de comunicação.
Quando falamos de comunicação sindical e popular, é papel do jornalista informar, dar voz e conduzir à formação política do (a) trabalhador(a). Somos as primeiras a chegar nos Atos, Assembleias, Audiências e só saímos quando os fatos estão suficientemente explicados para a categoria. Trazemos para o popular os processos jurídicos, simplificamos a linguagem do governo, fazemos a ponte entre as denúncias dos trabalhadores e a grande mídia, registramos a história no momento em que ela acontece para que dessa forma possamos construir, junto com a base, e em consonância com a direção a trajetória de luta do sindicato. Infelizmente, assim como as demais esferas da imprensa brasileira, não é de hoje que a equipe de comunicação do Sindsaúde/RN, que pela primeira vez em 30 anos de existência da entidade é formada apenas por mulheres, vem sofrendo ataques, sobretudo por homens, nas redes sociais.
As provocações e ofensas começaram por volta de novembro de 2021, durante a greve passada dos (as) trabalhadores (as) do Estado, e perduram até hoje. Fomos acusadas de censura por não dar destaque a rostos específicos que não aceitam aparecer na mesma proporção que os demais componentes da base. Fomos acusadas de mentir e caluniar quando na verdade todas as publicações são embasadas por provas e sempre tiveram como principal objetivo informar e fortalecer o Sindsaúde/RN como um todo. A liberdade de expressão que tanto pedem encontra limite quando se trata de discursos de ódio, que incitam a violência ou agridem pessoalmente a moral e honra das pessoas. Diminuindo a nossa profissão com argumentos inválidos, dito por aqueles que certamente não acompanham o trabalho sério e responsável desenvolvido pelo Sindsaúde/RN.
"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade", a frase, de William Randolph Hearst (1863-1951), sintetiza bem a essência do jornalismo combativo. Por isso, reforçamos que o nosso compromisso é com a verdade, com os (as) trabalhadores (as) da saúde e com a cobertura da luta sindical no Rio Grande do Norte. O jornalismo de verdade é resistência, e vamos continuar cumprindo o nosso papel apesar daqueles que não respeitam!