O Sindsaúde/RN vem a público se solidarizar com as vítimas do temporal que atingiu na última terça-feira (15), o Município de Petrópolis no Rio de Janeiro, provocando muita destruição com os alagamentos e deslizamentos de encostas. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, até às 13h desta quinta-feira (17), foram registradas 108 mortes e segundo a Polícia Civil, foram feitos 134 registros de desaparecimentos, mas ainda não se sabe quantos desses já foram encontrados.
Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em escolas da rede pública municipal. Cerca de 500 bombeiros trabalham nas buscas aos desaparecidos, além de voluntários e parentes das vítimas desaparecidas.
Infelizmente, para os moradores de Petrópolis essa não é a primeira tragédia que atinge a região. Em 2011 deslizamentos de terra semelhantes mataram mais de 900 pessoas na região serrana do Rio, incluindo a cidade de Petrópolis. Embora o ocorrido seja considerado um desastre natural, o descaso do Estado somado à falta de políticas públicas que garantam moradia digna e segura para a população brasileira, é uma das principais causas que contribuem para que esse tipo de tragédia continue ocorrendo.
A falta de interesse político também é responsável por essa situação. O desastre confirma o que vários especialistas têm afirmado diante da temporada de chuvas este ano, que também provocou destruição, mortes e caos em cidades da Bahia e de Minas Gerais: são “tragédias anunciadas” causadas pelo descaso e falta de políticas de prevenção por parte dos governos.
De acordo com dados do Portal Transparência, a gestão do governador Cláudio Castro (PL) gastou menos da metade do previsto do orçamento para prevenção de desastres. Do total de R$ 407,8 milhões reservados, o governo empenhou apenas R$ 192,8 milhões, ou seja, 47%. Questionado pela imprensa, o governador, aliado de Bolsonaro, não comentou a baixa execução do programa.
CSP NACIONAL
Em nota, a direção estadual da CSP- Conlutas do Rio de Janeiro afirmou que a responsabilidade direta pela tragédia em Petrópolis é “provocada pela irresponsabilidade dos governos atuais e anteriores” e “trata-se da demonstração objetiva da falta de compromisso dos governos com as necessidades dos trabalhadores e do povo”.
“Começando por Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) e o prefeito de Petrópolis Rubens Bomtempo (PSB), não houve e não há nenhuma preocupação dos governos com a construção de um plano de obras públicas que prepare as cidades serranas para esses recorrentes eventos climáticos”, afirma.
SOLIDARIEDADE
O Sindicato dos Petroleiros do RJ deu inicio a uma campanha de arrecadação em solidariedade às vítimas As doações devem ser feitas através do PIX solidariedade@sindipetro.org.br e o comprovante deve ser enviado para o e-mail solidariedade@sindipetro.org.br, especificando que a doação é direcionada aos afetados pela enchente de Petrópolis.