Quem olha para as unidades de saúde de Natal pensa que o cenário caótico em que elas se encontram pegou a prefeitura e a SMS de surpresa. Mas a verdade é que essa situação estava prevista para acontecer. Em novembro de 2021, especialistas já apontavam para um aumento da contaminação da população pela variante ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul. Os primeiros casos de ômicron no RN foram identificados no dia 3 de janeiro de 2022, no município de Natal.
Diante da ameaça do surto da covid-19 causado pela ômicron e de outras síndromes respiratórias como a H3N2, o prefeito Álvaro Dias (PSDB) de forma truculenta e desrespeitosa está cortando a gratificação covid dos trabalhadores da saúde de Natal. Álvaro Dias além de cortar a gratificação também vem obrigando os trabalhadores da saúde de Natal a trabalharem doentes, sem EPI’s adequados e em muitos casos sem insalubridade.
Na semana passada, denunciamos a situação do Hospital Municipal de Natal, que vem recebendo pacientes contaminados com covid-19, e os trabalhadores sequer estão atendendo de forma segura e adequada. Agora, a direção do hospital informou que o HMN voltará a ser referência de atendimento de pacientes com Covid-19.
Para nós do Sindsaúde/RN, o prefeito Álvaro Dias criou as condições para que essa situação se agravasse em Natal. Somos a favor da ampliação de leitos covid, mas somos contra a abertura de leitos de qualquer forma. A prefeitura não pode converter leitos de qualquer jeito, colocando em risco a vida da população e dos trabalhadores.
Exigimos que o prefeito Álvaro Dias garanta condições de trabalho e EPI’s adequados. Os trabalhadores da saúde e a população não podem pagar pela política consciente de precarização da saúde pública de Natal. Não ao corte da gratificação covid e pela convocados do cadastro de reserva do último concurso da SMS.