Trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas das empresas JMT e SAFE entraram em greve em razão do atraso dos salários. Os funcionários que prestam serviços no setor de nutrição (JMT) estão há uma semana em greve e os da Safe, que são dos setores da higienização e maqueiros, deflagraram greve nesta segunda-feira (17). O motivo é que esses trabalhadores estão sem receber os salários, 13º, vale alimentação e vale transporte.
Segundo informações dos próprios trabalhadores da Safe, a categoria está há dois meses sem receber vale-alimentação e só receberam 50 reais de auxílio-transporte. “Nós recebemos apenas 50% do nosso 13º salário. Estamos fazendo cota para poder ir trabalhar, mas é desumano e cruel ter que pagar para trabalhar, quando na verdade, é um direito nosso receber nossos salários em dia”, denunciou uma funcionária.
Com a greve dos trabalhadores da JMT, a alimentação dos servidores e acompanhantes também ficou comprometida, e nesta terça-feira (18), a direção dos hospitais do estado: Walfredo Gurgel, Santa Catarina e Deoclécio Marques informaram que não terá refeição, apenas para os pacientes. Segundo um informativo que circula nas redes sociais “Não será possível servir refeições para servidores e acompanhantes. O refeitório estará fechado”.
Durante todo o ano de 2021 o Sindsaúde/RN denunciou a situação dos trabalhadores terceirizados, que enfrentam o atraso de salários todos os meses. São trabalhadores que estão na linha de frente, prestando serviços essenciais nos hospitais e que são invisibilizados e desvalorizados.
É inadmissível que a SESAP e o governo do Estado não apliquem uma postura em relação a essa situação que só se agrava. Apesar de serem empresas privadas que estão descumprindo com os direitos básicos dos trabalhadores, as mesmas são prestadoras de serviço para a saúde estadual. O governo e a Sesap precisam resolver essa situação que vem desgastando a vida desses trabalhadores. É um repasse emergencial? É multar as empresas que descumprem com os pagamentos? Mas uma coisa precisa ser feita. Não dá para deixar mães e pais de famílias passando fome.