A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu nota na sexta-feira (17) repudiando o que classificou de “ameaças” feitas por Bolsonaro ao cobrar ao vivo a divulgação dos nomes dos servidores que aprovaram a aplicação da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças.
O órgão divulgou nota assinada pelos diretores e pelo presidente Antonio Barra Torres. Indicado por Bolsonaro, Torres rompeu com o governo. “A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”.
Segundo a instituição, profissionais da casa vem sofrendo ameaças de morte por grupos antivacina. “O serviço público aqui realizado, no que se refere à análise vacinal, é pautado na ciência”, afirma em texto divulgado pela Exame.
A Anvisa ainda ressalta que todas as suas resoluções estão direta ou indiretamente atreladas ao nome de todos os servidores da instituição. Como a vacina da Pfizer já tem registro definitivo no Brasil, a ampliação do público-alvo é feita pela área técnica e não apenas pelos diretores comumente mais expostos na mídia.
A CSP-Conlutas, em defesa da ciência e da vida, repudia a postura ditatorial do negacionista, presidente da República, Jair Bolsonaro. É inadmissível que o governo ameace de demissão e estimule o ódio contra servidores e servidoras do setor.
Basta de genocídio, negacionismo e intolerância!
Solidariedade aos técnicos e técnicas da Anvisa!
Autor: CSP- Conlutas