A pandemia chegou e com ela veio o reconhecimento dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que seguem na linha de frente no combate à pandemia da Covid-19. Mas, essa categoria sempre esteve em campo salvando vidas. Reconhecer a nossa luta é fácil, valorizar de forma concreta, com salários dignos, com condições de trabalho, com segurança e mais investimento na saúde pública, já é uma tarefa árdua para os os governos de plantão.
Não gostaríamos de estar em greve, mas, infelizmente, os governos nos impõem condições desumanas. Estamos há 12 anos sem reajuste salarial, com salários congelados, enquanto tudo sobe. Sabe quanto custava um gás de cozinha em 2010? R$ 37,53. E quanto custa o mesmo gás em 2021? R$ 107,89. É justo tudo aumentar e o nosso salário continuar defasado, governadora Fátima? A senhora que diz ser o governo do diálogo, parece não escutar os nossos anseios.
Em nota pública, a governadora declarou que irá conceder a reposição de mais de uma década da defasagem salarial dos servidos, mas, isso não é verdade. O governo do Estado vai disponibilizar apenas R$ 15 milhões. Para repor as perdas, o governo deveria disponibilizar cerca de R$ 40 milhões, de acordo com estudo feito pelo Dieese.
Por isso, nesta quinta-feira, dia 4 de novembro, estamos convocando uma assembleia da saúde estadual para avaliar a nossa greve e as discussões da última reunião de negociação. Convocamos toda a categoria a se fazer presente às 9h, no auditório do Sinpol.