O Sindsaúde/RN vem a público se solidarizar com a professora Mônica Morais, que trabalhava na Escola Estadual Profa. Ivani Machado Bezerra em São Gonçalo do Amarante, e que foi arbitrariamente removida do seu cargo pelo Conselho Escolar da instituição, sem ao menos ter o seu direito de defesa garantido.
O motivo da remoção, segundo o "Relatório Pedagógico e Administrativo" que serviu de base para a decisão, apontava que: 1) a professora teve sua aula gravada em 2019 por duas alunas, sob a alegação de que "a aula não deveria ser sobre política", e que uma mãe denunciou que a escola estava "doutrinando" as crianças "com viés comunista e petista"; 2) a professora se negou a dar aulas remotas, quando estas se tornaram obrigatórias; 3) uma série de fatos desconexos, a partir de relatórios, em que a gestão da escola convenceu uma parte dos alunos a assinar objeções em relação às aulas da professora.
Diante dessas três acusações, a professora Mônica demonstrou como argumentos de defesa que: 1) foi arbitrariamente filmada em sua aula, com um claro objetivo de perseguição política, e que, na época, tanto ela quanto a escola foram, na verdade, vítimas de ataques da ideologia da "Escola sem Partido"; 2) a professora comprovou ter respondido às aulas remotas, como consta o Ofício enviado por ela, datado de 3 de novembro de 2020, e de sua "Proposta de reposição das aulas não-presenciais" enviada a escola dentro do prazo estabelecido; 3) os relatórios, os quais uma parte dos alunos foi convencida a assinar, retratam situações que já foram resolvidas entre a professora e os alunos; 4) No "Relatório Pedagógico e Administrativo" não consta, em nenhum momento, a versão da professora e o desfecho das situações descritas.
No entendimento do Sindsaúde/RN, a situação de Mônica Morais trata-se claramente de perseguição política, que se configura tanto no caso da gravação arbitrária de sua aula, como também nas falsas acusações contidas no "Relatório Pedagógico e Administrativo", que afronta completamente ao direito de cátedra e de expressão. Pedimos e reforçamos que o Conselho Escolar da escola mencionada anule a sua decisão, retire as falsas acusações e reconduza a professora Mônica Morais às suas aulas.