O maior Hospital de urgência e emergência de Mossoró que é, inclusive, referência na captação de órgãos para transplantes e serve de campo de estágio para estudantes dos cursos de medicina da UFERSA e UERN, enfrenta hoje uma grave crise de desabastecimento que tem obrigado os servidores a fazerem malabarismos para realizar os atendimentos. Foi denunciada ao Sindsaúde/RN a falta de:
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Fio para sutura de todos os tipos,
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Anestésico para anestesia local,
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Vários tipos de antibiótico,
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Fita para fazer o exame de glicemia (HGT),
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Soro Ringer simples e Ringer Lactato,
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Luva de procedimento, os profissionais estão usando luva de estéril há mais de um mês,
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Bomba de seringa multivias,
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Eletrodos,
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Equipo para Bomba de Infusão fotossensível e normal,
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Jelco de todos os números,
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Placa de hidrocolóide,
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Curativos especiais para Escara,
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Plasil e bicarbonato de sódio,
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Sonda nasogástrica e sonda vesical,
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Bolsa que conecta na sonda,
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Cânula de traqueostomia, inclusive, a família dos pacientes que estão comprando,
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Lâmina de bisturi todos os tamanhos,
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Agulha 40x12,
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Cateter duplo lumen,
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Oxivir que serve para limpar as camas dos pacientes,
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Hidrogel,
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Papel toalha e copo descartável para a copa.
A lista parece grande? Pois é, nem sequer está completa. Vários outros materiais também estão em falta na unidade, alguns há mais de trinta dias, segundo os funcionários os materiais que chegaram foram comprados em pequenas quantidades. João Morais, diretor do Sindsaúde/RN questiona a que ponto chegou a saúde pública do Rio Grande do Norte e relata um caso que aconteceu há poucos dias na unidade: “Um paciente idoso que estava internado em uma UTI precisou passar por um procedimento sem anestesia. Mesmo em coma, o homem se contorcia de dor e os profissionais precisam terminar o procedimento para salvar sua vida. Como fica o paciente diante desta totura?”. Exigimos um posicionamento do Governo do Estado e da Secretaria de Saúde Pública sobre o desabastecimento do maior hospital de Mossoró. Os servidores não aguentam mais trabalhar sem o mínimo e os pacientes não podem seguir sem um atendimento digno!