Com salários atrasados desde agosto e sem auxílio transporte, funcionários da empresa JMT, que presta serviço de alimentação terceirizada aos hospitais do Estado, entraram em greve há uma semana para reivindicar seus direitos. Neste momento, as equipes da empresa encontram-se reduzidas com apenas 30% dos funcionários trabalhando e, por este motivo, acompanhantes de pacientes e servidores do Hospital Walfredo Gurgel, por exemplo, ficarão a partir de hoje, 20/09, sem alimentação. Um informe interno comunica que será servido apenas a ceia aos funcionários.
O Sindsaúde/RN declara apoio à greve dos trabalhadores da JTM e reitera que o motivo da paralisação é absolutamente legítimo. Assim como os servidores da SAFE, que também estão paralisados por falta de pagamento, os funcionários da JMT também precisam de dinheiro para se locomover e manter suas casas. É inadmissível que esses atrasos continuem a prejudicá-los de maneira tão brutal. Seguiremos acompanhando de perto a paralisação e prestando solidariedade à luta dos trabalhadores tanto da SAFE quanto da JMT.
No entanto, precisamos destacar quem são os mais prejudicados com essa paralisação. É desumano que um trabalhador da saúde assuma um plantão de 12h sem direito a se alimentar. É desumano, também, que um acompanhante de um paciente, muitas vezes, idosos vindos do interior do estado e enfrentando forte crise financeira não tenham direito a alimentação.
Nós exigimos que o Governo do RN e a SESAP voltem totalmente sua atenção a esses profissionais e parem de se isentar da culpa pelo que está acontecendo. O serviço é sim terceirizado, mas é de responsabilidade também do Governo Fátima Bezerra (PT) fazer com que ele funcione da melhor maneira possível e não prejudique os trabalhadores das empresas, os profissionais dos hospitais e tão pouco os pacientes ou acompanhantes.
Autor: Francisca Pires