A Direção do Hospital Giselda Trigueiro informou nesta sexta-feira (20), que as refeições dos servidores que trabalham no hospital serão suspensas a partir deste sábado, dia 21. De acordo com o comunicado enviado pela unidade, a suspensão do almoço e da ceia para os profissionais que trabalham no local se deve ao déficit no fornecimento de proteína animal (cortes de carne e frango), problema antigo e de conhecimento da Sesap que acontece desde o final de julho.
Alegando conhecimento quanto aos impactos negativos mas sem solução a curto prazo, a nota da direção do HGT escancara mais uma vez a desvalorização que os profissionais da saúde enfrentam no Rio Grande do Norte. Isso porque, trabalhar 12 horas seguidas sem direito a se alimentar, é desumano! Com os salários defasados há mais de uma década, muitos trabalhadores da saúde não têm condições financeiras de comprar ou garantir uma alimentação digna fora do hospital, e dependem unicamente daquela que é fornecida e garantida por lei dentro da unidade. Como forma de amenizar esse tipo de situação que já é recorrente no Giselda, os profissionais que dão plantão na unidade se articulam entre si, para trabalhar apenas um turno e garantir pelo menos uma refeição em casa. Sendo assim, os profissionais que trabalham pela manhã/tarde vão para suas casas almoçar, e quem trabalha no turno vespertino até o noturno, só chegam no hospital depois do almoço.
A suspensão da alimentação dos servidores devido a falta de fornecedor é um problema que atinge todos os hospitais do Rio Grande do Norte e que há anos vem sendo denunciado pelo Sindsaúde/RN. Nesta quinta-feira (19), por exemplo, quem teve a alimentação suspensa foram os acompanhantes dos pacientes internados no maior hospital do estado, o Monsenhor Walfredo Gurgel. Para nós do Sindsaúde/RN isso é um absurdo! Exigimos que o Governo de Fátima Bezerra (PT) providencie o quanto antes a alimentação dos servidores e tome medidas definitivas para resolver essas situações.