Publicado ontem, 28, no Diário Oficial do Município (DOM), o novo decreto passa a permitir que shoppings, teatros, cinemas, praças de alimentação, circos, parque de diversões, museus e igrejas funcionem com 75% da capacidade máxima. Destacamos ainda que, também segundo o decreto municipal, a partir de 19 de agosto todos esses estabelecimentos poderão funcionar com 100% da sua capacidade máxima de ocupação, segundo decreto municipal.
A determinação também vale para realização de reuniões corporativas, como treinamentos, seminários, cursos, simpósios e palestras, em auditórios e salões, localizados em instituições públicas e privadas, inclusive empresas e hotéis, além de realização de sessões solenes de colação de grau. Reiteramos que o decreto do Governo do RN, representado por Fátima Bezerra (PT) também foi flexibilizado e agora passa a permitir eventos com 150 pessoas, inclusive na capital Natal. A referência usada pelo governo do estado também são os indicadores da pandemia.
O município alega que essa reabertura aconteceu devido à queda da ocupação de leitos na capital. O prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), ignora no entanto o atraso na vacinação devido às várias paralisações por falta de imunizantes. Ignora a chegada das novas variantes e os primeiros casos registrados em estados vizinhos, como por exemplo os dois casos confirmados da variante Delta, mais forte e mais transmissível, no Pernambuco, estado muito próximo ao Rio Grande do Norte.
Como mais um bom defensor dos interesses dos empresários da cidade, Álvaro Dias certamente iria usar a queda da ocupação de leitos na capital e a queda também da média móvel de mortes como argumento para colocar o lucro acima da vida. No entanto, os números que trazem esperança são frutos da vacinação e devem servir como incentivo para que mais potiguares completem seu ciclo vacinal e não como pretexto para relaxar com as medidas restritivas.
O vírus ainda está circulando e a vacinação ainda não segue o ritmo ideal. Precisamos continuar nos protegendo, pois aparentemente, a gestão municipal não se importa com nossas vidas! Vacina sim, aglomeração ainda não! Nossas vidas importam.