O próximo dia 24 de julho promete ser mais um grande dia de protestos em todo o país contra o governo de Bolsonaro e Mourão. As centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, partidos políticos e diversas entidades da sociedade civil, que compõem a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, estão reforçando o chamado às manifestações e, pelo país, ativistas já organizam plenárias e reuniões para preparar os atos.
Será o quarto dia nacional de protestos pelo Fora Bolsonaro, que tem levado às ruas centenas de milhares de manifestantes de norte a sul do país, em uma expressão concreta do descontentamento da população com este governo de ultradireita.
As denúncias de corrupção, que revelam que Bolsonaro não se preocupou em adquirir vacinas para salvar vidas, mas agiu para obter propinas, aumentaram ainda mais a indignação. Segundo pesquisas, 70% da população acredita que o governo é corrupto, 51% considera o governo ruim ou péssimo e 63% classifica que Bolsonaro é incapaz de liderar o país.
Nesta terça-feira (13), as Centrais Sindicais divulgaram nota reforçando a convocação aos seus sindicatos, federações e confederações à participação ativa no #24J, destacando a importância de fortalecer e intensificar a presença da classe trabalhadora organizada nas manifestações de ruas, nas assembleias, atos e passeatas.
As organizações destacam que o Brasil vive um “momento difícil e trágico”, com o descaso do governo na saúde, uma forte crise política, uma nefasta política econômica, com aumento recorde do desemprego e falta de renda, enquanto os preços dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha e energia não param de subir, o que deixa a vida de nosso povo em numa condição de extrema vulnerabilidade. “É preciso dar uma Basta já a essa política autoritária e incompetente”, afirma a nota.
Acesse os materiais da CSP-Conlutas de convocação do #24J. Vamos às ruas, rumo à Greve Geral Sanitária!
Também em nota, a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que na segunda-feira fez uma reunião de balanço sobre as mobilizações realizadas nos dias 13 de julho, 19 de junho e 29 de maio, reafirmou as bandeiras unitárias das mobilizações em defesa do Auxílio Emergencial de 600 reais, Vacina Já para todos, Contra o Desemprego e a Carestia e pelo Fora Bolsonaro.
“Na experiência concreta das manifestações nos encontramos com a força da luta dos movimentos negros, das mulheres, dos jovens, dos LGBTI+ e dos povos indígenas contra o racismo, o machismo, a violência e a exclusão. Gritamos por nossas vidas e contra a morte: “nem bala, nem fome, nem covid”. Também vimos a unidade de movimentos populares e sindicais na defesa da soberania nacional e dos serviços públicos, manifesto nas lutas contra as privatizações, o teto de gastos, a Reforma Administrativa (PEC 32) e o desemprego”, diz trecho do texto.
Todas as organizações expressaram ainda o repúdio a qualquer ameaça às liberdades democráticas de nosso povo, que têm sido feitas por Bolsonaro, cada vez mais descontrolado e acuado diante da crise política e das denúncias de corrupção de seu governo.
“Já está comprovado que este governo adotou uma política genocida nesta pandemia, que já levou à morte mais de 530 mil brasileiros e brasileiras; que seu projeto econômico é de favorecimento dos poderosos, banqueiros, do agronegócio, latifundiários e grandes empresários, à custa de ataques aos direitos dos trabalhadores e às condições de vida do povo; sem falar na destruição do meio ambiente e da entrega do patrimônio e das riquezas nacionais. Precisa ser derrotado e é para já”, afirma o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
“A máscara deste governo caiu e revela que, além de tudo, reúne um bando de ladrões que cobraram propina e superfaturaram negociações em plena pandemia, que matou centenas de milhares de pessoas”, disse ainda o dirigente.
“A CPI já comprovou todos os crimes de Bolsonaro, mas não podemos confiar que Artur Lira, Rodrigo Pacheco e esse Congresso controlado pelo Centrão irão dar um basta nesse governo se não forem pressionados. Somente a luta dos trabalhadores, das mulheres, negros e negras, dos jovens, dos LGBTIQA+, povos indígenas, quilombolas e a população em geral poderá pressionar e garantir o fim deste governo”, disse.
“Por isso, no dia 24 de julho é preciso realizarmos mais um forte dia de protestos e daí avançarmos para a construção de uma Greve Geral Sanitária por nossas reivindicações, o que poderá de fato botar pressão no governo e na burguesia que ainda o sustenta”, concluiu.
Todos às ruas no #24J! Fora Bolsonaro e Mourão, já! Vacina para todos já! Auxílio emergencial de 600 reais! Ditadura nunca mais!
Autor: CSP-Conlutas